A cada 100 usuários de redes sociais, cerca de 65 ou 70% são perfis falsos divulgando informações falsas à trabalho de políticos desonestos.

Você pode nem perceber, mas basta acessar o Whatsapp, Twitter, Instagram ou Facebook, essas gigantes das redes sociais, e encontrará mais de um milhão de informações online que alguém compartilhou em sua time line, ou que lhe marcou ou lhe enviou por algum aplicativo. Daí, como você conhece aquela pessoa que faz parte de teus contatos, ainda que não o tenha visto pessoalmente, mas ele ou ela fazem parte de teu "circulo" de amigos, nem checa aquela informação que eles acabam de publicar, e como se trata de algo contra seu candidato para as eleições deste ano, já repassa para no mínimo, umas vinte ou trinta pessoas de sua lista.

De grão em grão, a galinha enche o papo, assim fala ditado antigo. O que não deixa de ser uma grande verdade, principalmente em redes sociais.

Para que uma informação falsa seja disseminada leva-se pelo menos dez minutos. Basta que o "informante" tenha um celular nas mãos conectado à internet e todo o estrago que ele queira fazer na vida de outrem, ta feito.

Agora, imaginem um empresário, equipado com materiais, como celulares, laptops, computadores, com cerca de cem pessoas, trabalhando ativamente, dia e noite, revesando-se entre sí à partir de locais simples, como uma casa pequena, num bairro calmo de São Paulo, ou numa salinha apertada, num casebre lá pras bandas do sul ou do nordeste, recebendo em suas contas bancárias, transferências eletrônicas, a cada dois meses, para alimentar mentiras nas redes sociais para beneficiar determinado lado político, e prejudicar o outro lado com mentiras, aplicadas todos dias à partir de todos os meios disponíveis?

Você acha que isso não existe ou que não pode acontecer? Já sei, vai querer dizer que estou agora querendo falar de teorias da conspiração. Ou então, que estou louco, ou talvez, querendo forçar uma situação.


A priori eu digo que vocês devem acreditar no que quiser. É um direito que lhes cabe. Mas, devo apenas dizer que não acredito em teorias da conspiração! É bom que fique sabendo.

A realidade é que, políticos de todo mundo descobriram que as redes sociais (e eu já falava isso em 2012 nas eleições municipais) são verdadeiras disseminadoras de conteúdo, tendo mais força do que as emissoras de TV's ou jornais impressos. Tudo o que jogar nas mãos de um internauta ele imediatamente acredita que aquilo que lhe chegou é verdade, e sem consultar a fonte, espalha para seus contatos. Ainda mais se ele tiver algum tipo de sentimento contrário à um partido político, ou à pessoas que ele não goste, mesmo sem conhecer.

Qualquer mentira chega rápido à qualquer mão, já que aqueles que compartilham não tem nenhum compromisso com a verdade e não estão nem aí se aquele conteúdo vai beneficiar ou prejudicar alguém. Há quem diga até que "não tô nem aí, não é parente meu" num tom sarcástico que mostra qual o tipo de natureza aquele "ser humano" tem.

Por sua vez, empresários, espertos estão ganhando rios de dinheiro com esse tipo de "nova profissão", usando o marketing da mentira à altos custos para promover aqueles que lhes pagam bem e prejudicar da pior forma possível o adversário para que foi contratado para atuar.

A fofoca que antes era um produto gratuito, de cidade pequena, ou de bairro pobre, hoje é um tipo de serviço que dá muito dinheiro para quem se aventura por esse caminho. E tá dando tanto dinheiro que hoje no mercado há os profissionais que disseminam mentira e outros profissionais que estão atuando para descobrir a verdade por trás daquela informação falsa.

A fofoca tá tão sofisticada que saiu das "conversas de marias" para chamar-se Fake News. Ser fofoqueiro hoje é ser chic. Ser fofoqueiro, principalmente nos tempos das redes sociais é status para poucos. O fofoqueiro de hoje tá tão importante que desmentir uma de suas informações falsas já é considerada uma ofensa.

E é por isso que desde que os mentirosos descobriram as redes sociais e a facilidade de preparar um perfil em qualquer das redes sociais existentes, começou-se à alastrar os conhecidos perfis falsos.

Exemplo simples - O senhor João Francisco deixa de ser ele e passa à ser John Francis, ou qualquer outro nome que ele quiser ser na rede social de sua preferência. (E olha que esse é apenas um exemplo dos milhares que é visto por aí, todos os dias.) E, de posse de um perfil falso, usando imagens que não são dele, mas de pessoas famosas, ou de pessoas de outros estados, ou países, ele diz que D. Jandira, conhecida naquela comunidade deles, tida como uma mulher de bem na sociedade, cristã ou simplesmente uma cidadã, tem frequentado casas de Swing, e traído seu esposo, que nada sabe de suas escapadelas. Manda aquela "notícia" para um amigo do seu José Antônio, o "corneado". Esse amigo, não manda para o possível chifrudo, mas antes, resolve mostrar à vizinha dele, que frequenta a mesma igreja que a "traidora" frequenta, que passa pra mais um, pra mais outro, pra nove, dez, vinte pessoas e, rapidamente toda a cidade já está sabendo do "acontecido". Menos o casal em questão. Só depois que a desgraça tá feita que o caso finalmente chega ao conhecimento deles, que terminam por se separar por passarem à desconfiar um do outro. Tudo isso, graças à um simples clique no celular.

E olha que estou tratando aqui de um caso de fofoca de cidade pequena que, estilizada, usa hoje o Facebook para espalhar boatos.

No caso dos políticos eles estão deixando de lado as boas práticas do Marketing para usarem esse tipo de "marqueteiro" especialista em criar perfis falsos e produzir Fake News, espalhando mentiras dia e noite contra seus adversários. E, aqueles que mais mentirem mais recebem altas comissões.

Segundo especialistas em redes sociais a cada 100 usuários que usa a plataforma Facebook, por exemplo, cerca de 65 à 70% são perfis falsos (confira). E, ainda, segundo esses mesmos especialistas a maioria dos atuais perfis Fakes, descobertos, atuam para políticos desonestos que viram nessa nova onda de fofoca online uma maneira de se darem bem politiqueiramente falando. Tais usuários conseguem disseminar cerca de mil fake news em menos de 12 horas com o uso de Computadores, Laptops, Smartphones ou Tabletes, todos ligados à internet.

Como há candidatos dispostos à tudo pelo poder, a mentira é uma ferramenta "maravilhosa" de verem o circo pegar fogo, sem ter que colocar com as mãos dele a lenha ou combustível para que tudo se queime.