Motorista demitido não recebeu salário que lhe devem há mais de quatro meses, e por reclamar recebe como recompensa a dispensa do carro da mãe que era alugado à Prefeitura, por perseguição política.

"Trabalhei durante o ano de 2015, como motorista, dirigindo um dos ônibus do irmão do Prefeito (Leonardo Avellar, Vice-Prefeito) que é agregado à Prefeitura de Barreiros, sob os cuidados de Armando, responsável pelos ônibus da empresa que presta serviço ao município, em favorecimento do Vice. Durante todo o período do ano passado, os pagamentos viam sempre com atraso. E num dos últimos meses fui demitido sem receber o tempo de um mês e quinze dias de trabalho. Todas as vezes que ia cobrar ficavam e ainda ficam, me mandando de um canto à outro. Falo com Armando (responsável pelos ônibus do vice-prefeito) e ele me manda falar com Maro. Maro manda falar com ele, e assim sucessivamente. Já fazem mais de quatro meses que eu não recebi quantia que me devem. Recentemente comprei um ônibus para trabalhar por conta própria e, usando de meu livre arbítrio, como cidadão comum, coloquei um adesivo em meu carro com o seguinte dizer: "vamos tirar este velhaco", sem necessariamente me referir à ninguém. Por conta desta informação, recentemente, minha mãe, que tinha um carro alugado à Prefeitura teve o carro dispensado, e também, assim como eu, sem receber o mês do tempo agregado.
É importante lembrar que meus atos são meus atos, e não tem nada à ver com minha mãe. Não tem necessidade do Prefeito, Vice-Prefeito, usar dessa covardia contra familiares meus, prejudicando quem nada tem à ver com minhas ações. Há quatro meses que espero que me pagem o 1 mês e 15 dias de meu trabalho prestado. Mas, até agora, nada. E ainda por cima, mais esta ação covarde por parte do Prefeito, seu irmão, e os donos das empresas da família que prestam serviço para a Prefeitura. Como todo cidadão honesto o que eu quero é que me paguem, bem como à minha mãe, para que não tenhamos a necessidade de estar todos os dias, esperando por um dinheiro como este".

As palavras acima foram citadas por um motorista, de nome Cassiano, conhecido popularmente como Preto Motorista.

Ele ainda diz que o carro que estava alugado à Prefeitura, de propriedade de sua mãe tinha o valor de R$ 5.000,00 (Cincos Mil Reais) mensais, que não fora pago até então, com a saída, por perseguição política.

O motorista ainda diz que em todo o período de trabalho os condutores dos veículos não tem contrato definito e que recebem, quando recebem, apenas o dinheiro, sem vinculo trabalhista, ou seja, são clandestinos, e que, numa das falas com um dos responsáveis pelos carros sob esta condição, recebeu a afirmativa por parte de Armando de que não adianta falar e nem correr por direitos, já que sem documento que comprovem a vinculação, é a palavra de quem reclamar com a dele, e como os mesmos tem parceria com o vice Prefeito sob conhecimento do Prefeito, a proteção está do lado de Armando, que representa a empresa, segundo o motorista acima.