Se não tem denuncia não tem crime.
Uma das enormes dificuldades que
tenho encontrado quando vejo situações grotescas aqui em Barreiros ou nas
regiões de nosso estado é, além do desserviço de algumas instituições e
autoridades constituídas, a omissão da grande massa para problemas que seriam fáceis
de resolver, desde que os populares afetados reclamassem.
Se existem problemas como,
sabemos que existem, com relação à falta de atuação por parte dos vereadores,
poucos são aqueles que tomam peito para enfrentar o problema;
Encontraram-se desserviços por
parte dos administradores locais, à frente das prefeituras, não vemos alguém
sair ás ruas e reclamar à altura da necessidade;
Se existe falta de segurança ou
precariedade na saúde, quantas vezes vemos cidadãos e cidadãs tomando à frente de
uma luta para que o estado e o município resolvam as questões à altura dos
impostos cobrados e pagos?
E assim, vamos encontrando
ladrões do dinheiro público usurpando os cofres públicos dia e noite, na cara
dura, sem que o cidadão comum faça valer seus direitos, como todo cidadão
honesto deveria fazer e agir, contra a corrupção.
Por outro lado, existem dois
lados de uma mesma moeda nesse infame jogo. E um deles é quanto ao comodismo
que algumas autoridades constituídas, em pouco se movendo, já que todos sabem
dos rombos nos cofres públicos, mas se não existe denuncia não existe crime, e
sem denuncia não há trabalho, logo, tudo deve continuar como está, e todos
ficam felizes.
Também há casos em que o cidadão
comum procura a delegacia para prestar queixa de um furto, por exemplo, e a
encontra à portas fechadas. Como é o caso da Delegacia de Barreiros que,
principalmente nos finais de semana, está de portas fechadas, sendo assim, tal
ação, um desserviço à comunidade barreirense.
Tem também o fato de termos ciência
de que as reclamações à serem levadas para o Ministério Público, caso alguém
assim o faça, deve ser levado com todas as minucias de detalhes, sem quaisquer
erros, para que tal instituição tome partido. Se a reclamação não estiver
completa, a mesma não poderá ser aceita para investigação.
Em outras palavras, o cidadão que
paga impostos caros e sofre toda sorte de problemas e situações vexatórias tem
que fazer também o papel de investigador, ou se for o caso, contratar um deteve
particular, para fazer o trabalho que compete às autoridades constituídas, já
que estes estão sentados, esperando tudo pronto. Sem contar que ainda assim, mesmo
com provas em mãos ainda corre-se o risco de tais documentos não serem aceitos
par investigação por parte dos órgãos.
O cidadão comum, à bem da verdade
perde a esperança e por conta disto, muitos deixam de procurar a ação direita e
depois indignados terminam por fazer a justiça com a próprias mãos. Neste caso,
ele é rapidamente identificado, e logo preso. Coisa que não acontece com os ladrões de gravata...
Os corruptos à frente dos
principais cargos administrativos e/ou legislativos, etc, terminam por se gabar da
falta de punição, confiando na omissão, e continuam à executar mais e mais
crimes contra o povo, aproveitando-se do dinheiro público.
E assim, essa bola de neve continuará, até que finalmente aquele ou aquela que se sentir ofendido em seus direitos resolva de fato tomar as devidas providências, mesmo que para isso, algumas pedras lhe doam no caminho.
A bem da verdade, tanto faz se as autoridades façam ou não o seu papel. A realidade é que se não existe denuncia, não existe crime.