Casas doadas da Operação Reconstrução usadas como moeda politiqueira, em Barreiros


Conforme todos devem saber, alguns moradores do Bairro São Francisco, mais precisamente do Platô 6, reclamaram sobre uma invasão que está acontecendo, com o consentimento da Prefeitura Municipal de Barreiros, à partir dos administradores desta, naquele bairro.
 
A área em questão fora cedida à moradores pelo Governo Estadual, via investimento do Governo Federal na Operação Reconstrução, que perderam suas casas na grande enchente de 2010, cheia esta que até os dias de hoje é considerada criminosa por uma boa gama de cidadãos pernambucanos. As águas atingiram diversas cidades, dentre elas Cortês, Palmares, Agua-Preta e Barreiros, além de outras, conforme pode ser consultado nos tabloides oficiais.

Em Barreiros, muitas das casas que foram doadas, a grande maioria sem fiscalização, e boa parte delas por ações politiqueiras, permitiram que pessoas sem necessidade real ganhassem casas nos conhecidos Platôs. Muitas pessoas tem casas nestes platôs que, à bem da verdade, não moram nas mesmas. Tem alguns que chegam à chamar tais casas de “meu AP”, e de fato vão aos locais apenas de visita.

Uma boa parte dos que ganharam estas casas, sem fiscalização, e por alguns privilégios politiqueiros, são moradores das cidades de Tamandaré, São José da Coroa Grande, além de outros setores, mas são “donos” das casas que ganharam na Operação Reconstrução, alegando que perderam suas moradias na Grande Enchente de 2010. A maioria das fotos e imagens apresentadas, referia-se à terrenos de outras pessoas. E como nunca existiu até os dias de hoje, fiscalização, estando algumas destas doações em comum acordo politiqueiro, conforme falei e volto à repetir, muitas pessoas tem se aproveitado desta grande falha por parte do Governo Estadual e conivência com o Governo Municipal e tem alugado, emprestado, cedido ou vendido as casas que foram distribuídas à partir das entregas das casas que de regra deveriam ser doadas à quem necessitassem das mesmas, àqueles e àquelas que deveriam receber por terem perdido suas moradias.

Até os dias de hoje o que encontramos, á bem da verdade, são diversos aproveitadores usufluindo de um benefício que não deveria estar em suas mãos. E muitos ao receberem tais imóveis rapidamente desfazem destes, vendendo ou alugando, por não morar naqueles lugares, prova de que não necessitam ou não necessitavam, ocupando um lugar de quem precisavam ou ainda precisam.

Desta forma, não se pode, de maneira alguma reclamar de corrupção, aqueles e aquelas que estão usando e abusando de um bem que não era para si.

Pessoas honestas, de fato, ate então, ainda estão na lista de espera, tendo estas perdido de fato suas casas, e nunca sendo ressarcidos pelo governo, ou que não conseguiram ser contempladas por este benefício, por que não tem como mostrar às autoridades constituídas as documentações comprobatórias de que eram eles ou elas os reais donos de seus bens. Outros que não são donos de bens, conseguem, ou conseguiram obter um produto que não era seu.

Além deste caso, também encontramos muitos moradores que conquistaram estas casas de doação, mas que nunca saíram de suas casas, anteriormente mostradas como sendo a atingida pela grande cheia de 2010. E como o governo estadual ou municipal não fiscaliza, as coisas vão sendo empurradas com a barriga.

Moradores de diversas ruas em Barreiros, que apresentaram suas casas como moeda de troca para as “casas novas” nunca saíram de suas anteriores, ou terminam por retornar às mesmas, cientes de que não existe punição, agindo inescrupulosamente nunca ação que deveria, de regra, servir para que pessoas prejudicadas fossem ajudadas. E ainda tem gente que tem a maior frieza em dizer que: “se não for eu, será outro, melhor que seja eu mesmo”, usando esta falsa desculpa para apoderar-se ilegalmente de um bem que não lhe deve pertencer.

Este será o assunto à ser tratado na próxima postagem, quando discutirei sobre o caso que envolve o projeto de uma academia do empresário da Bio Forma num dos platôs com estas características citadas acima, e mais algumas questões que acredito, merecem a atenção dos amigos e amigas.