Aécio Neves, em entrevista à VEJA, revela que ficou chateado (feito criança) por que Dilma não falou publicamente que recebeu ligação dele.

Sou mais um daqueles que depois de um bom tempo resolveu parar de ler VEJA. Fui, durante longa data, assinante de diversas revistas da ABRIL, do já falecido Victor Civita, e entre essas assinaturas, semanalmente (com algumas falhas de entregas) esta que é ainda hoje o carro chefe de muitas verdades inventadas e propagandas caras de mais, que tende à levar boa parte de seus leitores à estagnação, com a intenção de fazer, como a Globo que seus leitores não leiam  outras linhas à não ser ela, tendo-a como verdade absoluta, quase como a ideia que nossos irmãos protestantes fazem com a Bíblia.

Desde que me entendi por leitor (e gosto de ler) e passando à opinar com certas ideias e informações que nos colocam à mostra, teimo em fazer perguntas não aceitando nada pronto até encontra respostas concretas. Sempre que acho que tem uma coisa errada, vou catando até encontrar. Quando a pulga da intuição bate na minha cachola é sinal de que se eu "escavucar" (como dizia minha mãe) poderei encontrar algo que me surpreenda. E assim faço! Isso não quer dizer que eu esteja sempre certo. Muito pelo contrário. No entanto, quando vou atrás dos fatos consigo me convencer se estou certo ou errado, podendo corrigir-me à tempo.

Aqui mesmo neste blog já fiz algumas postagens citando que minha linha de raciocínio estava certa ou errada e que eu precisava voltar atrás. Como já o fiz. No entanto, quando estou certo, por favor, não tentem dizer o contrário, sem que consiga me provar por A + B, seu ponto de vista. Podemos conversar até que nos entendamos, o que não quer dizer que eu vá abraçar sua causa de uma hora para outra. Antes, porém, se conseguir me convencer, sanando todas as dúvidas, poderei ao menos não me colocar contra.

Quando parei de assinar as revistas da Editora Abril, um dos principais motivos, além dos diversos problemas que tive com entrega, foram as diversas "reportagens" feitas por repórteres e jornalistas daquela empresa, que colocavam determinadas matérias e que na mesma semana ou até mesmo antes de as mesmas irem às bancas, ou chegarem em nossas casas, eram desmentidas por sites, blogs e paginas especializadas na internet que, cada vez mais crescendo de maneira alternativa, vinham mostrar o que a "mídia oficial" teima em fazer com que nós leitores não vejam. Hoje, depois de longos meses que desisti de ser assinante volto à receber em meu atual endereço, exemplares da revista VEJA, justamente no local que tinha dificuldade de recebê-las antes, quando era assinante. Contradições à parte...

Mas uma das coisas que observo nesta revista em especial, que tem se mostrado cada dia mais tucana, como sempre foi, é o quanto ela está empenhada em derrubar determinado governo sob determinada sigla, para colocar (ou pelo menos tentar) no lugar desta, seus parceiros antigos e prediletos que é o PSDB. Partido que a VEJA tem negócios à longos anos, e que com a saída dos tucanos do poder desde 2003 (à pouco mais de 12 anos) ela deixou de abocanhar seu quinhão no plenário, e está louca para voltar à sugar do poder público, como mídia preferencial.

Na edição de 12 de agosto de 2015, que chegou em minha casa hoje, dia 09, tem uma daquelas reportagens da página amarela da revista VEJA. E quem aparece na mesma é nada mais nada menos do que o Presidente Nacional do PSDB, Aécio Neves, que como sempre faz, em todos os seus discursos, de quem ainda não entendeu que a campanha presidencial acabou em Outubro de 2014, tem como assunto principal o PT e o governo de Dilma Rousseff.

Li a entrevista de Pedro Dias Leite, intitulada O PT atrasou o Brasil em 20 anos, cujo protagonista central é Aécio Neves (PSDB) que em respostas dadas às 14 perguntas feitas pelo Jornalista, tem algo que me chamou bastante atenção. Ele, que gosta de manipulação das falas e da mídia, diz odiar tal prática. Como sabemos, à anos, ele e seu grupo (não todos, assim como nos demais partidos), gosta do velho e nojento jogo da politicagem. Vou colocar aqui uma das perguntas feitas naquela edição número 2438 bem como sua respectiva resposta.

VEJA - O senhor seria favorável à essa aproximação que o governo parece estar propondo?

AÉCIO NEVES Vou contar um episódio que mostra por que não confiamos na sinceridade das intenções do governo. Antes do anuncio oficial do resultado da eleição, quando ficou claro que a presidente havia vencido, cumpri o ritual que o processo eleitoral dos países democráticos recomenda, até para marcar o momento oficial da definição da eleição. Liguei para a presidente da República, cumprimentei-a pela sua vitória e disse a ela:" presidente, a sua maior missão é unir o Brasil depois de uma campanha como esta que ocorreu". Obviamente, para um bom entendedor, meia palavra basta. Desejei a ela sorte no enorme desafio de governar o Brasil. Ela, de sua parte, não cumpriu a outra etapa do ritual, que é dizer publicamente que recebeu um telefonema do adversário reconhecendo sua vitória. Mas isso para mim é o menos importante. Naquele momento em que conversamos, dei o sinal claro de que estava ali estendendo a mão e não poderia negar uma conversa pública em favor do Brasil.


Não sei se os amigos perceberam o que notei nessa entrevista (para aqueles que tem essa edição em mãos, é interessante lê-la por completo) cedida à VEJA, mas pelo que pode-se observar é que uma das maiores revoltas de Aécio Neves é que a atual Presidente da República, por que não falou ter recebido ligação dele, lhe causou um trauma, e como menino amarelo, hoje revoltado, ficou encabulado, passando à provocar as "revoltas" que vem causando desde que perdeu a eleição para Dilma Rousseff, em 2014.

Tá entendido aí, tanta revolta por parte daquele que representa a sigla dos tucanos em nosso país, que quer de todas as formas subir ao poder para ocupar o cargo de Presidente da Republica Brasileira, recambiando outros consigo, como é o caso da aliada do PSDB, a Revista Veja, da Editora Abril. A questão não é tirar Dilma do poder, apenas, mas o PT, para que o PSDB venha ao cargo, assumindo a presidência por interesses daqueles que ainda movimentam a máquina da informação e/ou os interesses empresariais de determinados grupos.

Volto à afirmar que é muito bom ler, tendo sempre aquele pontinho de dúvida sobre tudo que nos mostram para que não sejamos levados à cegueira por ações daqueles cuja visão (VEJA) é fazer com que você continue cego, nunca analisando os fatos ao crivo da razão.