Parentes de presos na Operação Porto Seguro pedem agilidade em julgamentos, e fazem protesto pelas ruas de Barreiros

Parentes pedem agilidade da justiça em julgamento.
No mês de dezembro do ano passado, 22 pessoas foram presas em Barreiros na conhecida Operação Porto Seguro (confira aqui) entre homens e mulheres de diversas partes da cidade, todas envolvidas, segundo a policia com o tráfico de drogas na região.

Segundo informações, supostamente, alguns destes presos teriam sido envolvidos indevidamente e estão até então, sem julgamento, apesar de terem sido presos numa operação que mobilizou o Gati e a Policia Militar de Palmares e Barreiros para tal ação, que deixou os barreirenses estarrecidos, já que algumas pessoas eram conhecidas da grande maioria na população.

Na manhã de hoje, (20), mães e parentes de alguns destes detentos fizeram uma passeata pelas principais ruas da cidade de Barreiros, indignados pela não agilidade nos processos deles, já que alegam que alguns dos que foram presos pela polícia nesta operação, são inocentes, tendo sido pegos à nível de achismos, e não baseados em provas. O que por sua vez, deixam os dois lados em mãos lençós.

Esposas, mães, pais e irmãos de alguns detentos dizem que a "Operação Porto Seguro" agiu e "prendeu sem provas, praticamente no bolo" e "alguns estão sendo incluídos em crimes que não teriam participação". Ainda apontam que a falta de agilidade nos processos dos detentos por parte da justiça estão deixando-os sem esperança de verem seus parentes livres de crimes que não cometeram.

Barreiros sem Promotor de Justiça

Para infelicidade dos parentes destes detentos, ainda tiveram que se deparar com uma outra realidade em Barreiros. Falta Promotor de Justiça na cidade. O que por sua vez, dificulta ainda mais que consigam atendimento à altura.

Uma comissão de representantes dos parentes destes detentos estão dirigindo-se amanhã dia 21 à Corregedoria e a OAB em Recife, para apresentar suas reclamações, esperando com isso, agilização por parte da Justiça de Pernambuco de maneira à serem esclarecidas algumas lacunas nestas prisões de dezembro de 2014 na Operação Porto Seguro.

Com faixas em mãos, parentes dizem que "Justiça não se faz com injustiça", dando à entender que existem erros na Operação Porto Seguro, e ainda mais, na justiça pernambucana.