Sucateamento do Metrô Recife é um projeto político para atender aos interesses privados



Zero condições de trabalho, falta de investimento em infraestrutura e sem apoio para a categoria. Tudo isso revela a falta de comprometimento do Governo de Pernambuco e Federal, não apenas com os trabalhadores do MetroRec, como também com o povo pernambucano que, diariamente, precisa do transporte público para deslocamento. Além de tudo isso, a solução que está sendo encontrada pelos governantes é a privatização. Modo fácil e rápido de se livrar de um problema e jogar para a população pagar o pato. Com o decreto de estado de greve na noite de ontem (11) , com a presença de mais de 500 servidores metroviários- Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de Pernambuco (Sindimetro), a categoria se fortalece para enfrentar mais uma grande batalha..  

Presente no ato, a pré-candidata ao senado federal por Pernambuco Eugênia Lima (Psol) alertou a população sobre as responsabilidades dos governos com a prestação de um serviço de qualidade para os usuários e o comprometimento com as garantias dos direitos trabalhistas dos metroviários. 

Todo apoio aos trabalhadores e trabalhadoras do Metrô Recife.Não é por acaso a situação precarizada do metrô. É parte do projeto de entrega dos bens públicos para o lucro dos grandes empresários. Transporte público de qualidade é um direito, condições de trabalho dignas também”, frisa a psolista, lembrando que o Governo Federal com o Estadual oferece R$ 3 bilhões para privatizar e colocar novamente nos trilhos o serviço, porém atendendo a interesses privados. No entanto, o custo mensal para que isso aconteça é de R$150 milhões e não é feito atualmente.

Nesse projeto, R$ 3,1 bilhões serão mobilizados pelo governo federal e R$ 700 milhões pelo governo de Pernambuco. E, dos R$ 3,1 bilhões bancados pela União, via Ministério da Economia, R$ 1,4 bilhão serão recursos que ficarão guardados para serem utilizados pelo Estado ao longo do contrato de concessão pública, previsto para ter validade de 30 anos. O déficit anual é de aproximadamente R$ 300 milhões. 

“Precisamos garantir segurança ao usuário, investimento em infraestrutura e tarifa social para a população. Privatizar não é a solução. O transporte público é um direito do povo e a estratégia de deixar sucateado para depois oferecer à iniciativa privada como moeda de troca não deve ser permitida. Falta vontade política para investir no que é público”, pontua Eugênia Lima.