Cepe encerra evento com incentivo a bibliotecas


Diante de um governo que desvaloriza a cultura e censura livros, o ato de ler é revolucionário. A discussão sobre direitos humanos, literatura e a experiência das bibliotecas comunitárias abriu o último dia da Tenda Literária Cepe em São José da Coroa Grande, neste sábado (14). O dia também foi marcado pela distribuição de kits com 51 títulos da Cepe Editora para as 15 escolas públicas do município. O evento, realizado na Praça Constantino Gomes, de frente para o mar, contou com apoio da prefeitura local, e deu a largada na programação 2020 do Circuito Cultura de Pernambuco, iniciativa da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) que leva cultura e literatura para todo o estado com apoio da Fundarpe e secretaria de Cultura, e curadoria da Fundação Gilberto Freyre.

Tenda Literária de São José da Coroa Grande terminou neste sábado com grande adesão de professores e alunos das escolas locais

Ao longo de três dias de tenda, alunos e professores das escolas locais não apenas curtiram a programação como fizeram parte dela com apresentações de dança, teatro e poesia. “Estimula a leitura. Nunca temos eventos assim. Poderia haver sempre”, encoraja o professor de história Gustavo Belo. Para a secretária de Educação do município, Rosilda Silva, a tenda aliou entretenimento e conhecimento. “A livraria da Cepe trouxe novos autores ao conhecimento local, e os kits doados fortalecerão as bibliotecas que já existem e farão nascer outras seis, na zona rural, que ainda não existiam”, declara.

A curadora do circuito, Jamille Barbosa, ressaltou a importância de deixar esse legado para a cidade, que é um dos objetivos do evento. “A doação da Cepe é um incentivo à manutenção e criação de novas bibliotecas, assim como a inserção na programação de pessoas que atuam de formas diferentes na ação literária”, conclui.

A oficina Direito humano à literatura: experiência das bibliotecas comunitárias trouxe a experiência do projeto independente Releitura - bibliotecas comunitárias em rede, comandado pelo mediador Sthefano Santana e pela bibliotecária Yasmin Nink.

"Entendemos a literatura como um direito humano porque é um bem indispensável. Confere suporte à imaginação, possibilita a alteridade e contribui para o desenvolvimento do repertório linguístico", explicam.


A ideia da oficina foi incentivar a criação de bibliotecas comunitárias, disponibilizando a replicar a metodologia de organização do acervo literário. O projeto trabalha em rede há 13 anos.

A programação do sábado ainda contou com apresentação do grupo Tapete Voador e bate-papo sobre o ofício de ser escritor com o superintendente de Marketing da Cepe, Tarcísio Pereira, e o escritor José Parísio.

Informações e fotos CEPE.