A queda da extrema direita no poder.


Certamente nada deve ser mais difícil do que aceitar a própria falência ou a falência do grupo que emprega-se força, inteligência e muito trabalho para manter.

É frustrante. E certamente, mais decepcionante ainda quando se vê os líderes pisarem na bola à frente de projetos que antes abria-se os olhos cheios de  admiração.

Certamente deve ser assim, ou pior, que os atuais militantes da extrema direita, muitos deles sem nem saberem que são defensores desse lado político, estão se sentindo.

Depois de todas as ideias que lhes foram introjetadas pelas grandes mídias nacionais em parcerias com governos estrangeiros e forças digitais de manobra mental, em que acreditaram que Bolsonaro, Deltan, Moro, e demais outros integrantes da extrema direita seriam a salvação para o país, numa suposta luta travada destes contra corruptos e contra a corrupção, vê-los enlameados nos mesmos temas que acusaram outros, principalmente da esquerda, sinceramente, não tem preço!

O Governo de Bolsonaro, sem rumo desde quando assumiu a presidência é o reflexo do fracasso desde seus primeiros dias de fala enquanto responsável por um país inteiro.

E desde seus primeiros atos como gestor federal a maioria de seus "adoradores" estão saindo, um à um em debandada do barco do Presidente que eles ajudaram à subir no poder. Até mesmo as emissoras campeãs de audiência no país, já tem tentado tirar seu cavalinho da chuva por que sabem que à qualquer momento suas cabeças também serão premiadas.

Claro que ainda há aqueles que mesmo vendo o esterco à sua frente, pisa, se mela dos pés a cabeça mas dizem que "não foi nada de mais" ou que "não foi bem assim".

Durante algum tempo, a extrema direita tem lutado para tirar o foco das grandes mídias nacionais, puxando os holofotes para suas redes sociais, querendo dar crédito de cem por cento ao que eles publicam em seus microblogs ou nas suas redes patrocinadas como MBL, por exemplo, tirando a visão do grande público das centrais televisivas, sem perceberem que estão também, ajudando à formar outras mídias alternativas tão mais fortes que as deles.

O TIB - The Intercept Brasil, é um ótimo quadro do que estou falando. Depois que o jornalista Glen Greenwald começou, com sua equipe a divulgar a séria sobre as conversas entre Moro, Deltan e demais atuantes e procuradores da Operação Lava Jato, hoje apelidada de Vaza Jato, a situação dos que eram considerados heróis passou à ser vista com outro olhar.

Moro, Deltan e demais outros operadores da Operação Lava Jato podem hoje serem considerados qualquer coisa, menos heróis.

E isso, claro, é bastante frustante para quem empenhou sua confiança naqueles que diziam estar lutando contra a corrupção, pela moral e bons costumes.

O Brasil está sendo passado à limpo em menos de seis meses de governo. Mas, o que é pior, é que não são os governos anteriores que estão sendo julgados por seus atos passados. Quem está em evidência desde quando começou à governar é o atual Governo, cujo presidente chama-se, Jair Messias Bolsonaro.

Nas diversas falas em áudios, chamadas em videos, escritos em Blogs, microblogs, e demais redes sociais, que tem se espalhado na velocidade da luz, vê-se uma grande maioria dos votantes de Bolsonaro, que por tabela acreditavam nos líderes da operação Lava Jato, principalmente os adoradores de Moro, dizerem-se arrependidos por terem depositado tanta confiança naqueles que hoje já estão sendo chamados de traidores da pátria.

Sérgio Moro está sendo desmascarado todos os dias por uma imprensa que não se sujeita à acordos e que está disposta à revelar fato por fato, contando verdades em fatias que tem dilacerado a carne dos bandidos travestidos de heróis.

Bolsonaro, está mais para um boneco à frente do governo dos estado. Este, por sua vez, colocou em seus ministérios alguns corruptos reconhecidos, além de loucos que em pouco tempo tem levado a nação quase toda a beira da loucura.

A gestão de Bolsonaro está tão às avessas, que em seis meses somam-se seis ministros depostos de seus cargos.

À frente do poder ele não sabe se atende à seus filhos, aos que pedem para que ele governe, a Olavo e seus seguidores, ou se larga tudo e assume seu posto principal que é o de não fazer nada pelo país, como está acostumado à fazer há anos.

A extrema direita que levou anos para formular um golpe contra toda uma nação, à partir da criminalização e demonização de um partido, não sabe o que fazer à frente do cargo almejado, tão ambicionado.

Ministros trocados, demitidos, envergonhados perante o país por causa deles mesmos que não se entendem, a tendência agora é sentar, e esperar, comendo uma pipoca com a bebida de preferência, assistindo a novela do governo Bolsonaro, e sua queda vertiginosa, além de todos os da extrema direita, que sem rumo, não sabem mais o que fazer.

Geralmente, o que é mau adquirido é mau possuído, conforme velho ditado repetido por nossos país e avós, que experientes, nos alertava sobre o bom caminho à seguir.

Enquanto isso acontece ainda vamos encontrando uns e outros, apegados aos ídolos da extrema direita tentando defender com unhas e dentes o que não tem mais defensa.

Sem argumentos, muitos deles partem para as tão propagadas e famosas Fake News que foram milhares de vezes usadas durante a campanha de Bolsonaro, mentindo não apenas para outros, mas principalmente para si mesmos, dizendo que "as coisas estão melhorando", sem estarem, ou que não é bem assim, mesmo que sejam.

Quando não conseguem convencer, nem convencerem-se partem para o principal subterfúgio que é apontar o dedo para Lula, para a esquerda, para o PT, em fim, jogam tudo num mesmo balde acusando aqueles que mesmo que não votaram no Partido dos Trabalhadores, são imediatamente considerados Petistas.

O líder maior deles, tem cometido diversas garfes em suas falas mundo à fora. Quando tais erros são cometidos por ele e repassado nas redes sociais, seus defensores logo tentam apontar o dedo para Dilma, que não está mais no poder desde 2016, como todos, inclusive eles, sabem.

Moro e Deltan, num caso de amor partidarista, sendo desmascarados online pelo Intercept com material que em outros países poderia de imediato levar os praticantes dos atos criminosos à perda de cargo e prisão, ainda estão sendo sustentados e aplaudidos como supostas vítimas de uma perseguição. Para eles, é mais importante acusar aquelas conversas como invasão de hacker, do que aceitar as provas como estão sendo mostradas.

Quem lhes abre os olhos devem ser considerados criminosos. E os criminosos que agiram partidariamente para destruir um forte candidato às eleições do ano de 2018, estão sendo, dizem eles, injustiçados numa suposta campanha articulada para destruir os homens de bem, Deltan e Moro.

Todas as séries que a Netflix produzir não chegarão aos pés da novela brasileira da política desses últimos anos, tendo à frente atores e atrizes sem igual tamanho atuando brilhantemente em papeis escolhidos para iludirem os que se permitem serem iludidos.

As cenas dos próximos capítulos estão preparados e exibidos, todos os dias, nas principais redes sociais do Brasil, e fora de nosso país.