Manifestações à favor de Bolsonaro fracassaram. Apoio em queda. Risco para o governo.

Manifestação do dia 26 de Maio foi um fiasco em todos os estados brasileiros.
Como falei em publicação recente (confira aqui), aconteceu neste dia 26 de Maio, domingo, manifestação de apoio ao presidente Jair Messias Bolsonaro, como se fossem as ruas fazer campanha.

O povo doutrinado não foi às ruas à favor do país, nem em busca de diretos populares, e sim em nome de uma única pessoa, sem pautas, sem crédito, sem real interesse, como se ainda estivessem em campanha nacional para eleger um novo presidente, num manifesto pessoal e sem propósito, senão o de tentar medir forças contra a oposição, que está cada vez mais forte.

Com a alta do desemprego, do combustível, do gás de cozinha, dos alimentos em geral, além de uma boa dose de perda de direitos graças ao novo governo é de estranhar que cerca de 10 ou 15% dos populares ainda fosse às ruas, sinal de estarem de fato lobotomizados. Numa tentativa de demonstração de força, a militância da extrema-direita mostrou para todos à nível nacional e internacional de que não há um terço do que se pensava ou esperava, de populares ainda crentes em Bolsonaro. As ruas são demostrativo vivo do que estamos falando.

Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, dentre outras capitais nacionais, foram palcos de balburdias da extrema direita, com alguns poucos números que não fez diferença.

Como não conseguiram chamar a atenção como esperavam, partiram para a baderna, como, repito, meninas e meninos amarelos que não sabem perder. Apesar de terem ganho as eleições no ano passado.

Na capital paranaense, por exemplo, revoltados e mostrando não terem nenhum compromisso com os interesses que envolvem a educação de nosso país, os que se dizem patriotas arrancaram uma faixa de apoio à educação, como um "protesto". O que nos leva à perguntar: estão protestando contra a educação, por quê?

Grupo pró-Bolsonaro arranca faixa com dizeres "Em defesa da Educação", na UFPR

Já em Recife, Pernambuco, tanto as mídias oficiais quanto as alternativas mostraram-se indecisas na hora de aplicarem pontos altos aos manifestantes de apoio à Bolsonaro na capital pernambucana.

Haviam Blogs de apoio à Bolsonaro que afirmaram que mais de 50 mil manifestantes estavam presentes em ato pró governo.

Manifestação aconteceu na Avenida Boa Viagem, em Recife, dia 26 de Maio.
(Imagem G1, confira aqui)
Já outros, um tanto mais afoitos, diziam que mais de 65% estiveram nas ruas em  manifesto de apoio ao presidente.

Mas, o troféu mesmo ficou para os jornais escritos e algumas das mídias alternativas quando afirmaram com todas as letras que mais de cem mil pessoas demonstraram seu apoio à Jair Messias Bolsonaro, nesse ato dominical.

No entanto, nenhuma das mídias, sejam alternativas, sejam oficiais mostraram dados que comprovassem suas falas e ainda dizem, com todas as letras. que a Polícia Militar não confirma os dados oficiosos. Sinal de que, certamente, há informações Fakes nesses informes.

Mas, o fato que ficou comprovado é que em todos os locais aonde a "banda de Bolsonaro" passou, ficou visto que o número dos que ainda defende ou tentam defender a bandeira do presidente, está caindo dia a dia.

Fica ainda mais do que comprovado que os que ainda sustentam maliciosamente o mastro da bandeira de Bolsonaro são aqueles que não estão preocupados com o desenvolvimento e o bem coletivo de um país.

Estão unicamente preocupados, isso sim, com a imagem de um gestor que mau sabe cuidar de si mesmo e tem demostrado à todos, inclusive em quem votou nele, de que não sabe zelar nem por si, nem pelo cargo que foi eleito.

Num texto publicado no inicio desta noite na Revista Crusoé, o repórter Caio Junqueira escreveu uma nota, cuja matéria de capa é: Bolsonaro sob pressão. Abaixo eu destaco uma parte de sua fala em que ele afirma que o governo do atual presidente está sendo provado por ele mesmo.

Uma parte dos apoiadores de Jair Bolsonaro encara o protesto como um chamado do presidente. O problema é que, qualquer que seja o cenário, os atos embutem risco para o próprio Bolsonaro e para o governo. Mas nada que chegue perto das teorias conspiratórias propaladas nos últimos dias.

Na história do Brasil, golpes sempre foram acompanhados de uma conjunção de fatores a sustentá-los. A começar pelo apoio das Forças Armadas, de setores importantes da economia — e de protagonistas do próprio parlamento. O grito das ruas, ou de parte dela, nunca foi suficiente. “Não consigo enxergar um golpe nos moldes de 1964. As condições internas e externas são distintas”, diz Hector Saint-Pierre, coordenador do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais da Unesp, a Universidade Estadual Paulista. Também faltam, ao menos até aqui, elementos capazes de sustentar mais um impedimento presidencial. (Confira o texto completo aqui). 

Sem entrar no mérito de impedimento presidencial ou não, o fato é que a força de Bolsonaro nas ruas caiu e muito. Sem os robôs do Twitter, Instagram, Facebook e Whatsapp, restaram uma boa parte das pessoas reais, e estas, estão ficando cada dia mais escassas, graças aos erros e tropeços do Presidente, que à frente do poder, mostra-se cada vez mais fraco e sem noção do que deve ser feito à frente do cargo mais importante de nosso país.

Tudo isso coloca em jogo o futuro de nosso estado brasileiro, que sem capitão no seu navio pode nos levar à naufragar num mar revolto ou nos precipitar num mundo sombrio e sem volta de uma política de riscos sem precedentes.