Em ano de eleição alguns eleitores tendem à repetir os mesmos erros votando em candidatos que compram seus votos, vivendo ano à ano na mesma miséria.


Este será um daqueles importantes anos em que o Brasileiro, e em especial o povo de Pernambuco, irão ás urnas depositarem seus votos àqueles ou àquelas que de um modo ou de outro fez algo por sua cidade, seu estado e seu país, ou nada fazem, via de regra. 

Vereadores e prefeitos de cada município estarão abraçados, muitos por troca de favorecimentos pessoais, com seus deputados, tanto os que estarão apostando pela primeira vez, quanto aqueles velhos profissionais da política que tem na mesma seu principal meio de vida.


Mas, será que todos os candidatos estão de fato abraçados à uma causa, coletivamente falando, ou estão simples e tão somente interessados em manter-se ou abraçar o poder visando unicamente seu benefício? 

Sim, por que afinal de contas ocupar cargos políticos compensa à seus investidores por verem nestes a possibilidade de passarem quatro, seis ou oito anos usufruindo das altas somas que se tem à frente de determinada representação.

Vereadores, governadores e deputados estaduais, passam quatro anos ganhando desde 10 mil reais mensais à cerca de 30 mil. Alguns fazendo simplesmente nada. Apenas ocupando um cargo representativo. Enquanto isso o salário mínimo, só agora é que chega à um mil e vinte reais.

Deputados Federais e senadores passam de seis à oito anos ganhando altas somas, todos os meses à custa do trabalhador comum que as vezes prefere receber vinte, trinta ou cinquenta reais segurando uma bandeira do candidato ou aquele que ganha literalmente estes mesmos valores à troca de seu voto para àqueles que assim que assumirem passarão de supostos pobres senhores à ricos afortunados.

Muitos dos que estarão às ruas neste ano, me referindo à deputados federais, senadores e deputados estaduais, já estão mamando às custas da teta do poder público há alguns anos. Nada fazem em seu período de legislação. Passam dois, três anos em plena letargia política, despertando no último ano quando finalmente entendem que estão prestes à perderem suas gordas somas em dinheiro mensal, que são responsáveis pelos seus atuais altos custos de vida. Essa a razão de irem ás portas dos eleitores, interessados apenas em renovarem seus salários fáceis.

Dos novos, nos tempos de hoje pouco são os que se salvam, haja visto a realidade que atualmente nos deparamos, graças à força das redes sociais em que podemos ver as ações de supostas caridades deles em busca do novo cargo que almejam com o intento de conseguirem boas condições para suas famílias em detrimento dos anseios do povo que o poderá elegê-los.

Compete, ainda assim, ao mesmo povo, que não desenvolveu seu real senso crítico, que se corrompe infelizmente, a ação de colocar todos eles lá, como seus fies representantes.

Se o político é corrupto, preguiçoso, salafrário, idiota, ou seja lá o que for, temos que reconhecer que ele ou ela que está ou estará sentado naquela cadeira está executando o papel para o qual foi ou será eleito. Ele representará o cidadão comum, que se corrompe ou que é corrompido pelo candidato que lhe é afim. Nada mais justo!

Enquanto apontam-se para um político corrupto com um dedo, temos os outros dedos da mesma mão nossa que nos devolve o apontamento, multiplicado, triplicado.

Quando aceitamos qualquer quantia ou barganhamos o voto estamos sendo tão ou mais corruptos do que os candidatos e/ou eleitos.

A cada ano temos oportunidade de renovar, mudar o triste quadro, retirando aqueles que foram ineficientes, corruptos, salafrários. Mas, se todavia eles ainda perduram nos cargos que são renovados à cada quatro, seis ou oito anos a culpa não é só do político que investiu corruptamente as quantias que ele conseguiu arrecadar das empresas igualmente corruptas, mas também, dos que, com o pé na corrupção, aceitam vender seus votos aos que não estão preocupados com o bem estar de sua cidade, estado ou nação.

Afinal, como disse um vereador eleito em 2012, da cidade de Barreiros, que substitui a cadeira de seu pai, que passou vários anos a frente de uma pasta que nada teve registrado em nosso município, mas que todos os anos de eleição prometia a mesma coisa, sem nunca cumprir com sua palavra. Seu filho, no dia imediato à eleição, sabendo-se eleito falou para uns alunos que tinha-lhes prometido um veículo para uma viagem escolar: "A eleição acabou ontem, não lhes devo mais nada. Voltem daqui há quatro anos".

Exemplo todos nós temos nos diversos municípios de nosso estado pernambucano, e demais outros espalhados nesse imenso Brasil, para que possamos repensar nossa forma de votar. Basta querer continuar pisando no mesmo rastro de "bosta" ou limpar nosso caminho. fazendo a coisa certa, de maneira que nós possamos gozar de melhores condições de vida já à partir dos primeiros anos políticos, após eleitos nossos representantes ou, do contrário, continuaremos à ver a mesma coisa se repetir, num ciclo infeliz em que quem apenas gira, vergonhosa e apalhaçadamente, somos nós que esperaremos por dias melhores, trancados, com medo em nossas igrejas, pedindo para que Deus mude tudo lá fora, enquanto nós erramos no voto e em nossas escolhas.