O espiritismo e a politica, por Magali Bischoff

Prezados amigos

Gostaria de compartilhar com todos vocês, algumas escolhas que fiz para essa eleição.

Não faço isso, sempre divulgo mensagens, textos,  arte, o cinema a literatura com a mensagem espirita. Mas penso que vivemos um momento importante, com muitos desafios no campo da política, e todos necessitamos dela de um jeito ou de outro.

Tenho a opinião de que o Espiritismo influencia todo o saber, incluindo a política. No momento em que uma pessoa decide trilhar esse caminho, e que estejam imbuídos do único sentimento de consciência do dever à cumprir, e serem “porta voz”  de uma grande maioria, com a consciência  espiritual, eles poderão representar um papel importante como cidadãos nessa grande tarefa,  e serem instrumentos da propagação de ações do Bem no Planeta Terra.

O Espiritismo é apartidário e não devemos misturar uma coisa com a outra, mas se somos cidadãos conscientes , e lutamos por um mundo ideal, temos o compromisso e o dever,  de auxiliar à chegar aos pontos mais altos das decisões do nosso País,  aqueles que tem coragem de fazer mudanças, professam do mesmo sentimento e do mesmo idealismo.

Precisamos conhecer melhor o trabalho de cada um, não basta se declarar dessa ou daquela comunidade. Mas se temos "Homens de Bem" desejando abraçar essa luta inglória porque não orar por eles e os apoiarmos nas urnas?

COMO O ESPÍRITA NÃO DEVE ATUAR NA POLÍTICA:
  1. Levar a política partidária para dentro do Centro, das Entidades ou do Movimento Espírita;
  2. Utilizar-se de médiuns e dirigentes espíritas para apoiar políticos partidários a cargos eletivos aos Poderes Executivo e Legislativo;
  3. Catar votos para políticos que, às vezes, dão alguma "verbinha" para asilos, creches e hospitais, mas cuja conduta política não se afina com os princípios éticos ou morais do Espiritismo;
  4. Apoiar políticos que se dizem espíritas ou cristãos, mas aprovam as injustiças, as barganhas, a "politicagem" (usar a política partidária para interesses egoísticos pessoais ou de grupos a que se ligam);
  5. Participar da política partidária apenas por interesse pessoal, para melhorar a sua vida e de sua família, divorciado em sua militância político-partidária dos princípios e normas da Filosofia Espírita.

COMO O ESPÍRITA DEVE ATUAR NA POLÍTICA:

  1. O espírita pode e deve estudar e reflexionar sobre os princípios político-filosófico-espíritas  no Centro Espírita, pois eles estão contidos em O Livro dos Espíritos, Parte Terceira, Das Leis Morais;
  2. Através da análise, do estudo e da reflexão das normas e princípios acima referidos, o espírita deve identificar o egoísmo, o orgulho e a injustiça nas instituições humanas, denunciando-as e agindo para que elas desapareçam da sociedade humana;
  3. Confrontar os fundamentos morais e objetivos do Espiritismo com os fundamentos morais e objetivos dos partidos políticos, verificando de forma coerente qual ou quais deve apoiar e até mesmo participar como membro atuante, se tiver vocação para tal, sabendo, no entanto, da responsabilidade que assume nesse campo, já que sua militância deve sempre estar voltada para o interesse do ser humano, em seus aspectos social e espiritual. Para isso, sua ação política deverá estar em harmonia com os valores éticos (morais) do Espiritismo que, em última análise, são fundamentalmente os mesmos do Cristianismo;
  4. Participar de organizações e movimentos que propugnem pela Justiça, pelo Amor, pelo progresso intelectual, moral e físico das pessoas. Exemplos: clubes de serviços, sindicatos, associações de classes, diretórios acadêmicos, movimentos de respeito e defesa dos direitos humanos, etc.;
  5. Fazer do voto um elevado testemunho de amor ao próximo; Considerando que a sociedade humana é dirigida por políticos que saem das agremiações partidárias e suas influências podem ajudar ou atrasar a evolução intelecto-moral da humanidade, o voto, realmente, é uma forma de exprimir o amor ao próximo e à coletividade; Deve, pois, analisar se a conduta do candidato político-partidário tem maior ou menor relação com os princípios morais e políticos (aspecto filosófico) do Espiritismo;
  6. Participar conscientemente da ação política na sociedade, sem relegar o estudo e a reflexão do Espiritismo a plano secundário. Pelo contrário, o estudo e a reflexão dos temas espíritas deverão levá-lo a permanente participação, objetivando a aplicação concreta do Amor e da Justiça ao ser humano, seja individual ou coletivamente.
Segue alguns pensamentos de Kardec
“A vida social outorga direitos e impõe deveres recíprocos” (O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, q. 877). Dentre eles, o de acabarmos com certas desigualdades sociais, que não são obra de Deus, mas do homem (q. 806, idem) e que só imperam, por vezes, pela influência dos maus e pusilanimidade dos bons (q. 932, idem).

“Luta partidária” — é uma coisa, e outra coisa é a Política. Na primeira, acendem-se paixões. Na segunda, consideramos a necessidade da organização social.

Ora, essa organização implica o conhecimento das leis de trabalho, reprodução e conservação, sociedade, progresso, igualdade, liberdade, justiça, educação — tudo, enfim, quanto anima o terceiro título de “O Livro dos Espíritos”.

“O Espiritismo é uma verdadeira ciência e uma filosofia. Afeta todas as questões que interessam à humanidade; e convém encará-lo, principalmente em suas consequências.” (“O Livro dos Médiuns”, pág. 25, 16ª ed.). Exatamente, “o código dessas consequências é que faz dele, ao mesmo tempo, uma doutrina filosófica” (“O Que é o Espiritismo”, de Kardec, pág. 34).

Portanto, o espiritismo encara o trabalho, o instituto da família, o direito de propriedade, os problemas educativos, as relações internacionais etc. etc. sob prismas diferentes dos das demais filosofias, uma vez que possui filosofia própria, fundada em princípios imortais, independentes da vontade e dos caprichos humanos.

Ler As Aristocracias págna 216- Obras Póstumas
UMA NOVA SOCIEDADE

Para Kardec sua utopia seria realizada ao longo do tempo. Ele depositava sua confiança na inexorabilidade da Lei do Progresso. Por isso a ordem social “muda por si mesma, pelo poder irresistível do progresso”( O.P. -Liberdade, Igualdade,Fraternidade....) Mas ressaltou que o progresso não é uma lei inercial, mas depende do esforço, da inteligência e do descortíno de lideranças esclarecidas.A humanidade progride através dos indivíduos que se melhoram pouco a pouco e se esclarecem: quando se tornam numerosos, tomam a dianteira e arrastam os outros. De tempos em tempos surgem os homens de gênio, que lhes dão um impulso; e depois, homens investidos de autoridade, instrumentos de Deus, que emalguns anos a fazem avançar de muitos séculos (L.E. Lei do Progresso....789)Depois, na ótica kardecista, as revoluções morais, como as revoluções sociais se infiltram pouco a pouco nas idéias, germinam ao longo dos séculos e depois explodem subitamente, fazendo ruir o edifício carcomido do passado, que não se encontra mais de acordo com as necessidades novas e as novas aspirações (L.E -Lei do Progresso- 783).

"A aspiração por uma ordem superior de coisas é indício da possibilidade de atingi-la. Cabe aos homens progressistas ativar esse movimento pelo estudo e aplicação dos meios mais eficazes."

Que os bons espíritos nos ampare à todos , e que façamos boas escolhas e sigamos nosso candidato no seu período de governança, para cobrar nossos direitos e exercitarmos nossos deveres!

Muita Paz!

Magali Bischoff

A mensagem acima foi recebida por e-mail, enviada por Magali Bischoff e está sendo transcrita em nosso blog com autorização da mesma.