Em Barreiros vereadores fogem de sessão publica para não dar explicações sobre revogação da lei do Planos e Cargos e Carreiras (PCC Lei 484/91)

Câmara vazia em plena noite de terça feira.
A reunião desta terça feira, dia 22 de outubro na casa de Nilo Moraes em Barreiros foi uma verdadeira comprovação de que o povo não tem representatividade, seja na câmara de vereadores, seja na prefeitura ou em outros setores conforme falaremos a seguir.

Numa comissão organizada inicialmente pela Professora Lucila e funcionários de outras áreas, além da educação, estiveram presentes naquela casa em busca de explicações sobre o Plano de Cargos e Carreiras. Uma das explicações que esperavam seria sobre o por que da votação em secreto para a revogação da lei 484/91 que foi votada no dia 08 de outubro sem conhecimento do funcionalismo publico barreirense, no qual este blog tomou ciência do fato apenas no dia 14 de outubro, quando postamos informações online, sem saber claro, que a votação já tinha sido feita dias antes, ás escuras, de maneira que, se alguém soubesse antecipadamente certamente não teria acontecido.

Dos treze vereadores (dizem que 13 é um numero azarado, por isso que o povo de Barreiros tá como está, sem sorte com seus representantes) apenas Walter Buarque e Henrique Produções, foram os únicos à dar as caras naquela casa, que pelo que parece, foram pegos de surpresa, chegando de supetão, sem saber o que estava acontecendo. Os demais representantes, não compareceram para exercer os seus papeis de vereadores do povo. O que por isso mesmo ficou marcado como os "homens que traçam as leis às escondidas" para benefício próprio e por sua vez, se escondem do povo quando este lhes procura.

A representante do Sintepe em Barreiros, Vera Pessoa, mostrou-se totalmente favorável as opções do prefeito e sua equipe, tendo inclusive o trabalho de "tentar explicar aos presentes as opções que levaram o prefeito, Carlos Arthur, à revogação da lei do plano de cargos e carreira". Com isso, a classe dos professores, que é representada por esta senhora, ficou sem direção, já que a mesma, conforme comprovou-se, estava ali em defesa da prefeitura, não dos professores. Para confirmar o que estou dizendo usarei palavras da mesma naquela reunião em que ela diz que "a prefeitura estava certa, por se tratar de uma lei morta em nosso município", disse Vera Pessoa.

Ainda, segundo informações e partes das palavras que a mesma usou quando estava explicando a revogação, A presidente do Sintepe "já estava ciente do que estava acontecendo, assim como está á par de outros assuntos relacionados á classe", mas que, usando ainda de suas palavras "a classe dos professores, por não se preocuparem com o sindicato, por não se filiarem, terminam não se informando, por não quererem". O que deixa bem claro que a mesma estaria tentando de certa forma colocar a culpa na classe que ela deveria manter informada. Resumindo toda a situação da não filiação dos professores teve como desfecho o descaso da representante daquele sindicato.

A reunião aconteceu com enorme agitação, ficando por sua vez, o povo mais confuso ainda. O que fazer à partir de agora? Quais os novos rumos? A lei 484/91, foi revogada  as escondidas, de todo jeito, no dia 08 de outubro, e é considerada pelo prefeito e demais vereadores (que votaram) e seguindo orientação da presidente do Sintepe em Barreiros, "uma lei morta e sem validade alguma para a classe", precisando agora de uma reforma para que possa valer a pena. 

Na manhã desta quarta feira, dia 23 de outubro, Vera Pessoa estará reunindo-se com o prefeito Carlinhos da Pedreira, e o "segundo prefeito", Denis Araújo, (essa resolução partiu do segundo e não do primeiro prefeito) e ainda Rosemere Medeiros, a nova Secretária de Educação (que parece concordar com tudo isso e calar-se até o momento) para ver quais novos planos serão traçados à partir de então, já que nada mais pode-se fazer, uma vez que a votação já foi feita às escondidas conforme já citado, mas que precisava de uma sanção na noite de ontem, conforme documento em anexo nessa postagem.

Essa resolução, supostamente, visa a elaboração de uma nova lei, que deverá entrar em vigor assim que a mesma for constituída. Não tendo ainda prazo para tal conclusão uma vez que ainda nem sequer foi iniciada. Contudo, é sabido que uma nova consultoria, contratada pela atual gestão, através da indicação do superior do poder, o senhor Denis Araújo estaria a postos para começar a constituição de um novo PCC, no entanto, não se sabe quando a elaboração dessa nova lei será apresentada ao povo. A lei foi revogada, por ser considerada velha e inócua, sem apresentação de uma substituição. O que por si só, já é algo estranho. 

No documento o prefeito Carlos Arthur manda que a votação ocorra as pressas em "REGIME DE URGÊNCIA". Tornando esta urgência algo ainda mais estranho. Tão estranho quanto a votação entre eles, sem o conhecimento ou esclarecimento do povo, levando em consideração apenas uma peça no tabuleiro do jogo, cujos interesses dessa atual gestão estão se mostrando mais importantes que os anseios da população.
Dos 13 vereadores alguns poucos abstiveram-se do voto, (pretendo trazer os nomes dos que votaram à favor assim que possível). De antemão o vereador Henrique disse que "certamente assinei e votei sem saber", apesar de afirmar que em seguida estaria à disposição da população, apesar de tudo. Já o Vereador Walter Buarque disse não ter votado e não concordar com tal plano, "que é uma verdadeira covardia para com os servidores públicos municipais", afirmando ele que, "nem todo prefeito é honesto".


Na próxima quinta feira dia 23, às 03 horas da tarde, na câmara de vereadores, foi marcada por Vera Pessoa, uma segunda reunião informando qual o novo parecer depois de sua conversa  com o prefeito que acontecerá nesta quarta dia 22. Ela enrolou e não informou o horário da conversa com o prefeito e equipe, certamente para que os desassistidos pela lei não lhe acompanhasse. O que ficou bem claro nas entrelinhas.


Na saída da reunião, conversei com a senhora Vera Pessoa dizendo que minhas postagens são à favor da população, principalmente dos servidores públicos municipais, não importando a área. Ao que a mesma me disse que o que eu tinha falado seria "à bem da verdade desinformações e que não era bem aquilo que estava acontecendo".

E eu pergunto: 

- Dona Vera, essa reunião de ontem, dia 22 tratava-se de quê mesmo? Parece que minha desinformação fez com que professores e servidores corressem atrás de seus direitos, apesar de muitos saberem antecipadamente, e não informarem à tempo à quem merecia tais informações. Concordas comigo?