Conselho de Ética arquiva pedido de cassação do mandato de Talíria Petrone


O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou nesta terça-feira (5) o pedido de cassação do mandato da deputada federal Talíria Petrone que havia sido feito pelo bolsonarista Ricardo Salles. O argumento do relator da CPI do MST era o de que a parlamentar do PSOL teria quebrado o decoro parlamentar ao lhe ofender durante uma sessão da comissão.

O relator do processo no Conselho de Ética, Rafael Simões (União Brasil-MG), apresentou seu voto pelo arquivamento do processo por não haver justa causa na denúncia. O voto foi acompanhado pela maioria do colegiado, e o processo se encerra.

Presente na sessão, Talíria Petrone afirmou que, ao se dirigir a Salles na sessão da CPI, apresentou fatos relevantes sobre a gestão do deputado à frente do Ministério do Meio Ambiente durante o governo Jair Bolsonaro.

“Nosso exercício parlamentar passa por falar sem ferir o decoro. E falar significa emitir opiniões sobre fatos temas e a conjuntura brasileira. Foi isso o que fiz na CPI do MST quando, num diálogo com o relator, deputado Ricardo Salles”, declarou Talíria na sessão.

Este era um dos dois processos contra Talíria Petrone no Conselho de Ética. O outro pede a cassação de seu mandato por ter caracterizado como “assassinos” os parlamentares que votaram a favor do projeto de lei que estabelece o “Marco Temporal” das terras indígenas, aprovado neste ano na Câmara. De teor semelhante, há pedidos de cassação também contra Célia Xakriabá, Sâmia Bomfim e Fernanda Melchionna, do PSOL, além de Juliana Cardoso e Érika Kokay, do PT.

Na mesma sessão de hoje, o pedido de cassação contra a deputada Juliana Cardoso também foi arquivado após o relator Gabriel Mota (Republicanos-RR) apresentar parecer pelo arquivamento do caso.