Policial Militar de Pernambuco é excluída de sua função por ter entrado em depressão

Acesse, teclando na imagem acima o Blog da Policial Michelle Siqueira.
As falas abaixo são recolhidas, integralmente do Blog da Policial Militar, Michelle Siqueira.

É com grande pesar e indignação que recebo a notícia de minha *INJUSTA* exclusão das fileiras da PMPE! 

Até 2015 meu comportamento era excepcional, ano que completei 10 anos de serviços prestados à sociedade. 

Após a paralisação de 2014 as perseguições começaram por eu ter participado do movimento que desencadeou por parte dos militares, a visão de luta por seus direitos.

Abriram esse conselho de disciplina contra mim logo após o movimento, por não haver nada que desabonasse minha conduta, já que o corregedor geral havia pedido 30 dias de prisão por eu ter participado do movimento de 2014, buscaram em minha pasta algo que pudesse me excluir a todo custo, como *ASSASSINARAM UM FILHO MEU NO CHM E FIQUEI AFASTADA* viram algumas licenças médicas, e resolveram abrir tal conselho.

Um absurdo sem precedentes!! Pois além de ter sofrido por conta da INCOMPETÊNCIA de Dr Geraldo, médico obstetra do CMH, ainda fui penalizada na corregedoria.

A Dor de perder o seu primeiro filho por falta de profissionalismo de um médico incompetente é inefável, não tinha condições à época de trabalhar. E ser julgada como estou sendo agora só prova o quanto as pessoas que se dizem cumpridores da lei, são frios, parciais, desumanos, injustos. 

Em 2012 passei quase um ano trabalhando SOZINHA no RMB do QCG pegando muito peso e isso prejudicou minha coluna, motivo pelo qual em 2013 em momentos de fortes crises procurava o CMH e o médico de plantão me afastava por 2 ou 3 dias, totalizando 27 dias no ano de 2013, não estava INAPTA para o serviço, tampouco para tirar serviço na Patrulha Escolar, era medicada e tirava meus serviços no quartel normalmente, estando apenas com restrição ao uso do colete, como na Patrulha Escolar não usávamos coletes e precisava pagar minha faculdade de direito, tirei meus serviços quando podia, já que muitas vezes deixei de me voluntariar a patrulha escolar por estar de licença, tirando 27 dias de serviços na Patrulha Escolar no ano de 2013 coincidentemente. 

Causa-me espanto na publicação de minha exclusão o texto dizer que tirei Patrulha Escolar mesmo estando de licença, fato que nunca ocorreu e tampouco pude me defender de tal acusação já que é um fato novo para mim e meu direito a defesa foi COMPLETAMENTE CEIFADO, onde a acusação era de ter colocado licenças médicas, pasmem, essa era a acusação, *TER APRESENTADO LICENÇAS MÉDICAS* 

O texto dizia ainda que agi de má fé, mesmo não tendo tirado serviço na Patrulha Escolar estando de licença*, esse era o texto original. 

O que se vê nesse conselho é a contestação do profissionalismo dos médicos do CMH como se as licenças médicas fossem dadas a mim graciosamente, e não por eu necessitar naquele momento. 

De 365 dias de 2013, fui afastada por 27 dias, não seguidos, sendo 3 dias em um mês, 2 em outro mês é assim sucessivamente. 

O que vemos é uma perseguição velada, pois a constituição nos dá o direito a saúde e obriga o estado a fornecer assistência médica, mas nós militares não temos o direito de ficarmos doentes pois somos taxados de *"DESENROLADOS"* quando não somos excluídos como acabo de ser. 

Sei que tenho o apoio de muitos Guerreiros, a estes deixo meus sinceros agradecimentos. 

Peço que orem por mim. 

Michelle Siqueira"

A Policial Militar ainda rebate matéria que teria sido publicada no Jornal do Commercio noticiando sua exclusão:


"Por Michelle Siqueira 

RESPOSTA SOBRE A MINHA EXCLUSÃO À MÍDIA TENDENCIOSA E IRRESPONSÁVEL!

Antes de qualquer coisa gostaria de deixar aqui minha INDIGNAÇÃO com o jornalista que escreveu tal matéria sem procurar saber a realidade dos fatos antes, deveria me procurar para se informar sobre os motivos das licenças. Pois em nenhum momento fui procurada para relatar os fatos, mesmo meus contatos nas redes sociais e Whatsapp sendo públicos, tanto no meu blog quanto no Facebook. 

Deveria também saber INTERPRETAR UM TEXTO antes de fazer uma matéria tão absurda e caluniosa, pois não estava de licença médica nos 27 dias que trabalhei na Patrulha Escolar, aliás NUNCA trabalhei na Patrulha Escolar estando de licença médica. Todas as licenças médicas foram concedidas pelos médicos oficiais do hospital da PMPE, e se os mesmos concederam tais licenças sem que houvesse necessidade, como sugere o processo de disciplina, estão atestando que os médicos da PMPE são incompetentes? 

As licenças foram concedidas após ERRO DO MÉDICO DO HOSPITAL DA PMPE QUE ASSASSINOU MEU FILHO, pois estava grávida no ano de 2008 e tive sangramento já devido a tanto peso que pegava no RMB do 6°BPM, pois bem, procurei a urgência do CMH e o médico disse que não era nada e mandou eu voltar para casa, ficando eu com meu bebê morto dentro de mim por quase 30 dias e quase perdendo a vida também!

A depressão pela perda do meu primeiro filho foi inevitável! 
A dor que a PM me proporcionou foi horrenda e como complemento do sofrimento, acabo de ser excluída das fileiras , creio que acharam pouco a dor que me proporcionaram pela incompetência do médico. 

A trinca processante da Corregedoria apareceu com um relatório do hospital da PMPE já no último ato do processo, que foi minha ouvida após todas os trâmites do processo, onde diz que recebi licença médica de 4 dias a contar de 28/04/13 e que havia trabalhado na Patrulha Escolar no dia 30/04/13, entretanto tal licença NÃO EXISTE EM MINHA PASTA, NÃO FOI APRESENTADA NO PROCESSO, NÃO CONSTA NOS AUTOS COMO AS OUTRAS; basearam-se apenas num relatório onde não consta a quantidade de dias de licenças concedidas em nenhum outro dia de atendimento no SPA, e de *forma milagrosa* só essa data consta o número de dias concedidos, lembrando que não é comum os médicos do hospital da PMPE anotar os dias concedidos, pois cabe ao Policial levar a licença para o quartel. 

Isso nada mais é do que perseguição política por eu ter um Blog onde faço denúncias e cobro valorização para os policiais. 

Tendo inclusive participado do movimento que culminou na paralisação dos policiais em 2014.

Lembrando que um ano tem 365 dias e fui dispensada no ano de 2013 apenas 27 dias não corridos, isto é, em momentos de crise procurava o médico e era dispensada por 2 ou 3 dias num mês e após os 2 ou 3 de repouso, voltava ao serviço normalmente, não estando INVÁLIDA para o serviço, tanto operacional quanto da Patrulha Escolar, de 365 dias fui afastada por 27 dias no ano, estive *APTA* para o serviço nos outros inúmeros dias como estive nos últimos 12 anos de serviços prestados à sociedade. 

Ao jornalista peço que seja feita uma outra matéria com meu depoimento, pois sou figura pública e vocês têm obrigação de passar a verdade para seu público. 

Grata. 

Michelle Siqueira