Analogia da antiga parceria do PT/PMDB, desfeita por um golpe contra o Brasil e a democracia, com a política da cidade de Barreiros-PE

Por muitas vezes eu encontro nas redes sociais de minha cidade citações em tons de deboches de alguns internautas que fingem-se de esquecidos mas que teimam em descer a lenha nos eleitores que votaram no PT de Lula e Dilma em quatro eleições seguidas. Os brasileiros, em sua grande maioria acreditaram que o Partido dos Trabalhadores teriam em seus representantes a cara do Brasil, representando-o à frente do principal cargo executivo do país, a presidência.

O ex-presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi eleito no ano de 2002, liderando nosso estado maior entre os anos de 2013 à 2010, ganhando a reeleição e administrando com extremo sucesso. Foi o 35º Presidente e o primeiro autenticamente popular em nosso país. Tinha como vice-presidente em sua chapa o senhor José de Alencar, um dos mais ricos empresários de nossa época. Lula sucedeu com sucesso o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ao deixar a presidência, Lula foi reconhecido o melhor presidente que nosso estado maior já teve a felicidade em conhecer com aprovação popular de 87%, batendo recorde, segundo o Ibope.

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Em aliança com o PMDB o PT desconhecia que seria traído depois, no segundo mandato da ex-presidente Dilma.

Sucedendo Lula, a primeira mulher eleita em nosso Brasil foi a senhora Dilma Vana Rousseff, que foi na gestão dele ministra da pasta de Minas e Energia entre 2003 e junho de 2005, passando a ocupar o cargo de Ministra-Chefe da Casa Civil. Ao contrário de Lula, Dilma recebeu como vice-presidente o senhor Michel Temer, que no inicio do segundo mandato impetrou, e conseguiu fazer, com que a maior parte da bancada de deputados (muitos deles, evangélicos) votassem pela cassação do mandato da ex-presidente.

Enquanto Lula teve um vice-presidente que lhe foi fiel do inicio ao fim, Dilma, muito pelo contrário, encontrou em seu vice o pior opositor político que numa ambição desmedida pelo poder resolveu, com seus párias, trair sua chefe maior jogando contra ela acusações que nunca foram comprovadas.

O que podemos tirar destas linhas acima? Simples, muito mais simples do que se imagina. Nem sempre conhecemos as pessoas para dizer que eles ou elas são cem por cento confiáveis. E mesmo que apostemos todas as nossas fichas, talvez, em dado momento, por moeda de mais valor no mercado, eles ou elas, podem trair. Afinal de contas, segundo os escritos bíblicos Judas não teria traído Jesus por trinta denários de ouro?

Mas, o que isso tem à ver com a pequena cidade de Barreiros, interior do estado de Pernambuco, município com pouco mais de 42 mil habitantes e um número de eleitores que oscila entre 28.376 em 2010, passando para 31.822 no ano de 2012, nas eleições municipais, subindo para 32.725 nas eleições gerais de 2014 e estacionando em 29.472 votantes agora no ano de 2017, (este é um dos assuntos que cedo ou tarde trago aqui em novo artigo) que uma coisa tem à vê com outra? Me explico.

Nos anos de 2011 e 2012 prepararam-se para disputar o cargo de Prefeito os pré-candidatos Carlinhos da Pedreira (PSB), Roque Estrela (PSDB), Xeque Juventino (PHS) e Beto da Sensação (PTB). No ano propriamente dito das eleições municipais o que vimos pelas principais ruas da cidade, entrando em definitivo para a era das informações rápidas, tecnologicamente falando, foi uma verdadeira enxurrada de notas de 20, 50 e 100 reais invadindo a cidade, na cara dura e sem qualquer pudor, por parte do candidato do PSB, no que podemos chamar, (ainda que sem provas, já que as mesmas nunca serviram para incriminar quem executava tais crimes) a verdadeira e escancarada compra de votos do eleitorado barreirense, deixando os outros três candidatos bem atrás, já que os mesmos não se davam ao luxo de comprar votos.

Apesar disso, ainda tinham muitos eleitores, que independente de valores recebidos ou não, acreditaram no voto, sim, elegendo os então empresários falidos quatro vezes e com diversos problemas na justiça por questões trabalhistas, para Prefeitos do município os senhores Carlinhos da Pedreira e seu irmão, no cargo de vice, Léo da Pedreira, numa chapa familiar.

Logo apos de eleitos os irmãos e todos os seus familiares agregados à Prefeitura, igualmente levando para a mesma as diversas empresas, legais ou não, começaram à mostrar, desde o inicio do mandato para quê conquistaram o cargo.

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Os irmãos pedreira forma os piores administradores que a cidade de Barreiros já pode conhecer em toda sua história. Mais de 50% dos eleitores diziam-se arrependidos de terem elegido os irmãos para os cargos de Prefeito e Vice-prefeito. Na eleição de 2016 os irmãos não conseguiram reeleger-se, pela insatisfação popular dos barreirenses.
      
Funcionários mau pagos, com meses em atrasos de salários; funcionalismo insatisfeito; prédios públicos com o fornecimento de água, luz e telefones cortados; prédios públicos que eram alugados à Prefeitura fechando as portas, esperando receber meses e meses seus aluguéis; caos total na cidade, com pouco policiamento e a criminalidade acontecendo diariamente com quase duas mortes por dia; falta de segurança; hospital regional entregue no inicio de mandato fechando suas portas a menos de dois anos de funcionamento por falta de recursos, que sumiram, entre tantos outros casos que não vem ao caso agora.

Pessoas que votaram na chapa dos irmãos das pedreiras diziam-se arrependidos e sentiam-se traídos pela gestão que elegeram. Foi, sem sobra de dúvidas a pior gestão que a cidade de Barreiros já teve o desprazer de conhecer, em quatro anos de mandato. Não apenas o executivo recebia reclamação de suas ações como também os vereadores que eram, e ainda são, considerados os mais irresponsáveis que a Casa de Nilo Morais já pode conhecer.

Os 12.998 eleitores, já nos primeiros meses de mandato dos novos gestores, mais da metade deles, cerca de 7 mil, diziam-se arrependidos de seus votos e passavam à reclamar em redes sociais ou em protestos pelas principais ruas da cidade (aconteciam quase que um protesto diferente à cada semana e em torno de 5 por mês) da péssima ações deles, à frente da cidade. O que se pôde considerar voto perdido!

Em período de campanha as pessoas aceitaram a propaganda em que dizia-se: "BARREIROS QUER CARINHO" ou então, "BARREIROS PRECISA DE CARINHO". No final das contas a cidade que antes estava precisando de uma gestão e pulso fortes passou à ser vista como uma das mais perigosas para se morar entre os anos de 2013 à 2016, na Mata Sul Pernambucana.

Os eleitores sabiam nos anos de 2011 ou 2012 que os irmãos pedreira iam afundar política e socialmente a cidade de Barreiros, como aconteceu, após eleitos? Com certeza que não! Assim como também o Partido dos Trabalhadores desconheciam totalmente que o PMDB lhes daria um golpe no ano de 2016. Portanto, é inválida essa falácia besta de que o PT sabia quem era Michel Temer. Não só inválida, como ainda, irresponsável tal fala, já que em nenhum partido ou instituição, seja qual for, não se usa bola de cristão e nem se faz uso de profecias para saber quem será quem, depois de eleitos.

Eu costumo pensar que a história do PT com o PMDB é como um casamento. Duas pessoas se encontram, enamoram-se, apaixonam-se, passam à morar juntos, mas em dado momento uma das partes resolve pular a cerca, traindo a outra parte que muitas vezes é acusado ou acusada, sem provas de infamemente, quando à bem da verdade, quem fez a covardia não foi o ofendido ou ofendida.

Quantas historinhas já não vimos em diversas cidades do mundo, em Barreiros também,(é só acessar aqui para ficar por dentro de alguns boatos que rolaram recentemente nas redes sociais locais), em que homens traiam suas mulheres, rompiam os relacionamentos, mas adiantavam-se à espalhar boatos para os quatro cantos que quem estava pulando a cerca era ela, e não ele?

Com o PT de Dilma não foi diferente. O PMDB de Temer foi um dos mais principais algozes de todos os tempos. Vergonhosamente traiu e acusou sem provas. Hoje está-se vendo pelos quatro cantos do mundo, além das fronteiras de nosso país, quem o mesmo é, e é acusado, com provas, mas que os seus aliados não permite julgamento, de ter praticado crimes tão piores que as acusações feitas por ele e seu grupo.

Aí está, de uma maneira singela a semelhança entre a política nacional com a política municipal e as conclusões que se pode tirar dos dois planos políticos.