Prefeitura de Barreiros poderá manter carnaval mesmo sob recomendação do Ministério Público de Pernambuco.

No decorrer desta última semana a Prefeitura Municipal de Barreiros, sob o comando de Elimário Farias à frente da gestão como um mero assinante de papeis, a cidade foi bombardeada por notas nas redes sociais, por carros de sons pelas ruas do município, e tudo o que fosse necessário para chamar a atenção.

Como todos sabem os salários dos servidores estão em atraso, coisa que vem se repetindo desde quando o atual gestor assumiu o poder administrativo com dois "capangas" à tira cólo para gerir as contas públicas da cidade.

A realidade é que Elimário Farias, que não passa de mais um manobrado, não consegue cumprir com seu compromisso como gestor. E mesmo que ele queira fazer as coisas correrem certinhas, quem lhe gerencia não permite. Situação que lhe complica dia e noite.

Nos seis primeiros meses do ano de 2017 Elimário teve que ser chamado diversas vezes ao Ministério Público para tratar do salário de 2016 que ficou retido por que Carlinhos da Pedreira, ex-prefeito da cidade teve suas contas bloqueadas por que, assim como a atual gestão, a anterior sempre atrasava os salários dos servidores.

No dia 07 de Fevereiro saiu uma nota do Ministério Público de Pernambuco recomendando que o Prefeito Elimário pague o salário dos servidores, do contrário as festividades carnavalescas poderiam ser canceladas. Segue a nota abaixo.


O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou ao prefeito de Barreiros, Elimario de Melo Farias, que não realize ou promova qualquer tipo de evento durante a folia carnavalesca ou no período que a suceder enquanto não regularizar a folha de pagamento dos servidores públicos que esteja em parte ou totalmente atrasada, incluindo também os servidores de cargos comissionados e temporários.

Devido aos atrasos nos pagamentos, quaisquer processos licitatórios existentes, relacionados a festividades, devem ser cancelados ou rescindidos de forma imediata, inclusive aqueles de dispensa ou inexigibilidade. As contratações de bandas, artistas e empresas para organização de eventos também ficam vedadas para qualquer festa municipal organizada pela Prefeitura.

O prefeito deverá também se abster de autorizar despesas com presentes, festas e confraternizações, assim como não realizará transferência de recursos públicos para associações ou clubes com o intuito de promover eventos e festejos municipais, sob pena de incidir em desvio de finalidade dos recursos públicos.

Foi ainda recomendado que a administração municipal zele para que não ocorra utilização de outros instrumentos como doação, subvenção, adiantamentos e até diárias na intenção de burlar a recomendação.

A Prefeitura de Barreiros tem o prazo de cinco dias úteis para apresentar o calendário de pagamentos dos servidores municipais ativos, inativos, efetivos ou contratados referentes ao mês de janeiro de 2018 até a presente data. O gestor do município deve ainda informar ao MPPE as providências adotadas para dar cumprimento a recomendação, a fim de evitar que medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis sejam tomadas.

MPPE
Porém, como Elimário Farias não pode gerir a coisa pública, antes, tem que esperar que seu chefe de gabinete lhes dite as regras do que deve ou não fazer com o dinheiro público, é possível que o carnaval siga todos os dias, mesmo fraquinho, como está se vendo na cidade. Isso por que, o grupo que gerencia o governo que está nas mãos do prefeito está acostumado à descumprir ordens judiciais, e não é uma simples recomendação que vai fazer mudar os rumos da história.

Uma recomendação não é uma ordem. É como se fosse um conselho. Mais ou menos assim: "olha, é melhor que você não vá por este caminho, pode ser que lá na frente tenha um buraco e você pode cair, todavia, se quiser ir que vá".

Para quem passou por 12 processos, foi julgado, brincou com a justiça saíndo candidato em São José da Coroa Grande, mesmo sem condições de ser, e na ultima semana colocou a esposa, conseguindo recursos aqui, liminares ali, "passando a perna" em todos maliciosamente, e no final conseguiu brechas na lei para eleger a esposa, vai se sujeitar à uma simples recomendação? 

Se o cara conseguiu sujar o nome da esposa em gestão da cidade vizinha, complicando-a judicialmente em processos que responde não apenas ela como todos os familiares mais próximos, e ainda teve, sob sua influênca o seguimento de um concurso público que está suspenso até os dias de hoje, quando o mesmo Ministério Público de Pernambuco, no ano de 2016 também fez recomendações para que o concurso não fosse levado à efeito, e foi, e no ano de 2017 foi tudo suspenso na cara dura, perdendo efeito, uma outra recomendação que não leva o nome e nem a assinatura dele vai mudar alguma coisa?

Se o mesmo cara lançou-se candidato tendo "costas quentes" respondendo processos, sendo ficha suja, conseguiu passar por meses como candidato, enrolando quem se permitiu ser enganado, fazendo o jogo do impedimento só na última hora, colocando na chapa final seu "pupilo" que estava como seu vice, sabendo de todos os riscos e jogando tudo, certamente por boas moedas, tendo a justiça contra ele, vai acatar uma simples recomendação, mesmo sendo do ministério público?

Alguns ainda saíram nas ruas, tentando de alguma forma ver se conseguiam dinheiro para não irem ás festas sem quaisquer moedas no bolso, mas de nada adianta, infelizmente.

Assim como aconteceu na gestão de Carlinhos da Pedreira (PSB) a mesma coisa está acontecendo na gestão do manipulável Elimário Farias (PDT). Os dois são peças teatrais atuantes no papel de Prefeito de uma cidade que há muito não tem mais respeito e sem garantia de melhoras pelos próximos anos.

Para completar todo o enredo, ainda temos uma câmara de vereadores, à começar pelo presidente da casa, passando pela esposa do prefeito, e demais outros que são cem por cento coniventes, calados, vendo tudo e fingindo que nada tá acontecendo, enquanto o povo, principalmente os servidores públicos do município estão recebendo as lapadinha de todos os dias, conforme fora anunciado desde o período de campanha.