Antes de seguir adiante com minha primeira postagem da semana, como uma forma de retorno ás matérias neste novo formato de publicações aqui no Blog do ED, permitam-me que informe que política é a ciência da governança de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. O termo tem origem no grego politiká, uma derivação de polis que designa aquilo que é público. Logo, o governante ou ser político tem por obrigação gerir o que é público de maneira que a cidade, o estado ou o país tenham condições de sobrevivência em diversas áreas como SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, etc...
Há quem não se interesse pelo tema de forma alguma. É aceitável. Ninguém é obrigado á gostar do que não é de seu interesse. Sem contar que vivemos num país livre em que nossas mentes escolhem qual rumo tomar.
Nos últimos tempos, porém, a política tem chamado a atenção de uma enorme gama de pessoas não pelo interesse principal dos verdadeiros rumos da política, mas pelo lado negro que a mesma atualmente está sendo apresentada, seja pela mídia tradicional ou alternativa. Em todos os lugares do mundo todos os assuntos concernentes á este tema tem como foco principal o envolvimento de personalidades políticas em crimes que infelizmente ainda não são vistos como hediondos. O que equivale á dizer que vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores, presidentes, etc, ainda não são severamente punidos, como deveriam ser.
Centenas de agentes públicos em diversas esferas ainda gozam de plena liberdade para executar mais e mais crimes contra o erário público. E o que é pior, ainda são vistos por alguns cidadãos/eleitores como "homens de bem". Infelizmente aquele ou aquela que resolver apontar os erros destes "senhores" além de correrem risco de morte ou represálias, ainda correm o risco de serem tratados como encrenqueiros, vagabundos, malandros ou outros nomes insanos. Há uma preocupação por que seres pensantes incomodam!
O que estamos observando Brasil á fora é a demonização de homens e mulheres que lutam por dias melhores para suas comunidades, cidades, etc... e uma total exaltação àqueles que são os verdadeiros agentes da corrupção em todas as esferas do poder. Numa cidade pequena de interior ou nos grandes centros urbanos encontramos por toda parte os analfabetos políticos. Também achamos os pseudos-políticos, que são aquelas que dizem conhecer, mas nada sabem do assunto. Geralmente encontramos essa segunda classe nas rodas de conversas, nas praças, nas diversas cidades espalhadas pelo país.
Mas o que me vem á mente é que, enquanto estes seres pseudo/pensantes andam como zumbis pelas ruas das milhares de cidades uma pequena minoria domina a maioria, sugando tudo o que é possível sugar dos cofres públicos. Um grande número de agentes corruptos, vergonhosamente, tem apoio dos principais fiscais que deveria manter a ordem num a cidade, estado ou país.
A corrupção alastra-se por diversos campos dos poderes públicos, em sua grande parte com o consentimento e a conivência de agentes como promotores, delegados, juízes, que tendem á punir com os rigores da lei o povo, ou o ser pensante e salvar das malhas da lei o prefeito de uma cidade que está enlameado até o ultimo fio de cabelo da cabeça ou deputados, senadores, presidentes, etc...
Os políticos que mais roubam (prefeitos, governadores, presidentes) são brindados constantemente por aqueles seres que deviam puni-los. Vergonhosamente, em nosso país o que funciona é a lei do QUEM PAGA MAIS. A justiça se faz cega, por conta dos agentes dentro dela, para corruptos que acumulam processos, e ainda os defende, ou arrumam jeitinhos para que tais processos não sejam julgados em período de campanha eleitoral, por exemplo.
O político que já foi prefeito, por exemplo, com mais de 12 processos em andamento na justiça, tendo sido julgado em boa parte destes, pelas vias escusas da lei pode concorrer á ao mesmo cargo público em que já roubou há alguns anos atrás. O que é lamentável, já que passa-se a ideia de que "roubar do erário público é garantia certa de liberdade contínua, além de boa amizades com juízes e ministros, desembargadores".
Dia e noite esbarramos pelas ruas de cidades pequenas, ou imensamente populosas, com ex-vereadores que desviaram junto com outros (seus parceiros) e ex-prefeitos de certa época, milhares de reais dos cofres públicos, livres. Deputados, governadores, senadores, também estão na mesma linha... Como nunca são punidos, em período eleitoral eles voltam ás cenas eleitoreiras para angariar votos para si ou para seus comparsas.
Porém, não há como negar: a culpa deles ainda continuarem fazendo e desfazendo não é apenas destes ou de seus grupos. O povo, cego em sua grande maioria, torna-se conivente com seu passado criminoso quando os aplaude, exalta-lhes qualidades que eles não tem, e/ou vota nos tais, cujo passado e curriculum são dos mais podres.
Assim sendo, essa roda viva do poder gira num mesmo sentido, sempre. Já que o ser comum, citado como cidadão, não faz uma leitura real da realidade à sua volta, sem saúde, sem educação de qualidade, sem segurança, e principalmente sem pensar elege ou reelege os mais criminosos para cargos que não deveria de maneira alguma tê-los á frente, das administrações públicas.
