Egesa, Trabalhadores, Bairros e o descaso dos vereadores, em Barreiros


Por conta das enchentes que devastaram a cidade de Barreiros nos anos de 2010 e 2011, o governo do estado contrata para construção das mais de 4 mil casas a empresa EGESA. Uma empresa mineira. Essa por sua vez contrata, já que fazia parte do acordo, trabalhadores locais.

As obras começam, e logo de cara já encontramos alguns erros. Que não fora cobrada à tempo. Os vereadores da época, muitos deles reeleitos, nada falaram dos primeiros erros acontecidos no inicio das obras. Resolveram, como é de praxe, calar, para não se comprometerem.

Imagens de arquivo próprio de agosto de 2012.
As casas foram entregues, a maioria, por sinal. E logo nos primeiros dias de moradia da nova população daqueles locais, os problemas são muitos e á vista de todos.

As ruas rapidamente mostram-se esburacadas. As casas pequenas, calorentas, apesar do espaço grande para construção. Segundo informações do site uol noticias, "essas casas foram feitas à nível padrão de comunidades sulistas, e não deveriam ser construídas dessa forma em nossa região cuja temperatura não desce dos 24 graus, todos os dias".

Quem hoje passa por todos os bairros, conhecidos como platôs, encontra os estragos deixados pela empresa. Massa Falida, São Francisco, entre outros. E ainda temos o novo bairro conhecido como Macaco que, por alguma razão, não foi entregue ainda e já prejudica moradores de regiões locais.

No ano passado, segundo a câmara de vereadores de Barreiros, teriam sido repassados mais algumas verbas do governo do estado para a empresa. Desta vez seria para colocar cerâmicas em todas as casas.

Em Dezembro de 2013 a empresa finalmente fecha as portas, deixando mais de 220 trabalhadores ao deus dará, sem receberem o que lhes é devido. Por conta disso, na manhã de hoje alguns trabalhadores demitidos e que não receberam seus valores até então, estão em protesto armado com vistas à sensibilizar a justiça do trabalho uma aceleração para que os mesmos recebam seus valores e por sua vez, paguem suas contas e resolvam seus problemas financeiros, enquanto não conseguem outro trabalho, em outro lugar, já que sabemos que na cidade de Barreiros, a prefeitura e o comercio local, não lhes dão alternativa de empregabilidade.

Mas o que podemos colher de tudo isso? Simples! No ano de 2012, por motivação da campanha política local foram eleitos 13 vereadores, alguns reeleitos. No entanto, com situações como estas, em que uma empresa passa praticamente, calote em todos os barreirenses, sai às pressas da cidade, não cumprindo suas obrigações, não pagando á seus servidores, e ainda alegando não ter dinheiro em caixa para pagá-los, eu pergunto, onde se encontram esses mesmos vereadores que nada fazem à favor do povo e estão, até o momento, calados? Se fosse em período de campanha, certamente estariam nas ruas com seus carros de som, gritando, berrando por diretos dos trabalhadores.

Hoje, nada ou quase nada se fala, e o povo tendo que ir às ruas, protestar, já que infelizmente não encontra quem fiscalize por eles.

Um dia desses alguns vereadores gritaram pelo microfone da câmara que eles são maravilhosos.



- Muitos nos criticam, falam da gente, dizem que não fazemos nada. Eles não sabem que estamos nessa casa trabalhando incansavelmente. Nós somos maravilhosos! Dizia certo vereador.

As palavras acima foram GRITADAS em sessão por um dos vereadores. E acatada pelos demais. E eu pergunto, como no geral faço em minhas postagens.

SENHORES VEREADORES, PARA VOCÊS, SEREM MARAVILHOSOS É NÃO FISCALIZAR O QUE DEVE SER FISCALIZADO? NÃO FAZER O PAPEL PARA O QUAL FORAM ELEITOS?

Infelizmente, enquanto isso, os platôs, de todos os bairros novos, estão vendo suas ruas esburacadas, casas rachadas, uma situação precária por construção feita ao bel prazer da empresa, que contratada e já tendo ganho o seu, hoje passa calote no povo barreirense.

A empresa EGESA já é conhecida por dar calotes em outras cidades. Segue abaixo a lista de alguns vídeos, captados no youtube mostrando a caráter da empresa em outros setores.



Reivindicação em 13 de dezembro de 2012