Depois de muita polêmica entre
ser falsa a mídia contendo falas do candidato do PSL, Jair Messias Bolsonaro,
ou não ser falsa, a Revista Fórum contratou o Instituto Brasileiro de Peritos para a realização uma perícia sobre o áudio que rola na internet em que o
mesmo teria (sim ou não?) se
revoltado, mesmo dentro de um leito de hospital aonde se encontra internado,
depois de ter sofrido um atentado à facada numa ação que até os dias de hoje
ainda permanece sem uma explicação lógica sob investigação de quem seria o
responsável pelo acontecido que, á primeira hora tentaram incriminar grupos de esquerda para agredir o candidato à presidente.
A publicação da revista Fórum, em
seu canal online, não deixa muita informação de como foi feita a realização
dessa perícia, bem como se confia ou não em seu resultado. Apenas apresenta uma nota pedindo para que seus leitores acessem o resultado (link aqui).
Ao seguir para a perícia encontramos
na condição de leigos que somos algumas incongruências e uma explicação
simplista de mais, mesmo para um instituto em cima uma questão como essa. Para
dar o resultado, eles pediram 24 horas e depois mais um dia, e usaram duas mídias para dar um “veredicto”
segundo suas "condições para os estudos”.
Os vídeos que foram usados sobre o áudio para esse tipo de análise, foram este aqui e este aqui.
Sendo que um deles é um dos áudios subidos para o Youtube contendo a possível
revolta do candidato á presidente, e um outro, com qualidade de mídia
impecável, de quando Bolsonaro foi entrevistado pelo jornalista e apresentador
Datena, com sonoridade totalmente diferentes entre si, em se falando de mídias.
Sob o conclusão de uma
fonoaudióloga teria sido constatado que a voz no áudio não seria do candidato.
E ponto final. Nada mais declaram, mas afirmam, com o poder de sua perícia que
as falas no áudio não seria dele, se tratando de uma fraude.
A perícia só não informou como é que
no mesmo áudio aparecem outras vozes, ao mesmo tempo das falas do candidato, com citações atribuídas à Eduardo Bolsonaro, filho do Deputado
Jair Bolsonaro, com voz idêntica à do filho em momentos em que o candidato à
presidência está aos gritos, apesar de acamado, enquanto a outra voz lhe pede para que fique calmo e que fale baixo.
Outros detalhes que ainda se soma
à desconfiança sobre a confiabilidade dessa pericia contratada é que, alguém
passou á gravar o áudio quando uma discussão já estava á caminho, ou seja, não
foi algo pronto, nem preparado, como alguns imitadores fariam. Foi um tipo de
gravação aproveitada de momento, pegando boa parte de uma discussão entre
pessoas num local fechado. Asim como também, esse mesmo áudio termina em meio à essa mesma discussão.
Em publicações anteriores eu já
coloquei minhas dúvidas à respeito desse áudio, o que por sinal nessa perícia encomendada não foram respondidas,
nem mesmo pela revista Fórum, que se limitou à escrever algumas linhas dando
pressa em concluir o assunto. (confira aqui).
Há uma boa parte de pessoas que
apressadamente acreditam ser um áudio forjado. Há outra boa parte que igualmente
acredita que o áudio seja verdadeiro. Diversos portais, afirmam que tal mídia seja
verdadeira e tentam confirmar, outros, publicaram que o áudio é Fake e pronto e
apontam como fonte supostamente confiável as falas de Eduardo Bolsonaro, filho
do candidato e da assessoria do presidenciável que dizem que a mídia é falsa.
Já falei antes e volto à repetir que à ser verdadeiro tal áudio, nenhuma pessoa ligada à Bolsonaro diria que tal discussão aconteceu, procurando desacreditá-la ao público, já que as falas ali contidas comprometem, e muito, o candidato à presidência. Assim como também já questionei de que há uma forte possibilidade de alguém financiar à duros custos determinadas empresas para passarem uma outra imagem, da realidade dos fatos. Lembrando ainda que o partido do general Mourão, vice de Bolsonaro, financiou a rede de fake news do site Folha Política. (confira aqui), mas as pessoas acreditam no que elas querem, por conveniência política.
A possibilidade de ser ou não ser Bolsonaro no áudio será, até ao final dessa campanha, contraditada. Talvez, depois de algum tempo do fim da eleição de 2018 poderemos saber se é verdadeiro ou falso. Até lá, não adianta falar mais sobre isso, devendo deixar de lado essa questão, focando em outros pontos mais importantes, já que não há por que contrariar quem só acredita no que quer acreditar.