Existe cristão de direita?

O texto que vocês vão ler abaixo foi copiado de uma página de evangélicos de direita que tomei a liberdade de mudar a palavra ESQUERDA ou ESQUERDISTAS para DIREITA ou DIREITISTAS de maneira que possa-se analisar o mesmo texto publicado no blog GOSPEL PRIME em que o autor procura incutir na mente dos religiosos que leem aquela publicação a infeliz ideia que só são cristãos os protestantes de direita, desvalorizando assim quem pensa ou tem visão política diferente da dele, não merecendo atenção, desqualificando os que são de esquerda.



Porque até eles sabem que “cristãos de direita” não são cristãos coisa nenhuma!


Todos os mais aclamados intelectuais direitistas elegeram o cristianismo como um mal a ser combatido, de modo que sempre observo alguém se nomeia “cristão direitista” com a curiosidade de um cientista que encara um fenômeno que considera impossível.

Não existem cristãos direitistas. Os que assim se dizem, mesmo que não tenham percebido, são apenas direitistas.

Dizer que Cristo ou a Igreja Primitiva eram de direita porque pregavam a caridade e ajudavam-se entre si é um argumento aleijado, pelo simples fato de que o monopólio da benemerência não pertence à direita.

Ajudar quem precisa, compartilhar, doar, praticar caridade, nada disso é exclusivo da direita, um sistema ideológico que justifica e legitima o assassinato de todo aquele que não se porta do modo como consideram “apropriado”, que conseguiu forjar a ideia de que pratica o bem, o que é uma irredimível fraude moral e histórica.

A direita diz defender os marginalizados, porém, por se sustentar neles, já que é a maior prejudicada pela hipótese de que os seus adestrados superem tal condição.

A direita não ama, ela usa.

Pegue o exemplo de Jair Messias Bolsonaro. Por que precisa incitar uma guerra contra o “homossexualismo no Brasil”, acusado por ele de ser o responsável pela endêmica homossexualidade brasileira?

Porque se ele admitir que o número de homossexuais acompanha a proporção percentual da sexualidade do Brasil, estará se assumindo desnecessário!

Sendo desnecessário, não será eleito! Logo, precisa que a guerra entre o movimento "gayzista" e a “direita conservadora” esteja sempre fermentando.

Ou seja, Jair Messias Bolsonaro quer acabar com a homossexualidade, ou precisa deles para ter uma causa a criticar na próxima tentativa de eleição?

A mesma lógica vale para os que, aberrantemente, se nomeiam cristãos de direita!

A direita deplora o cristianismo, um de seus fins essenciais é suprimi-lo, porém, os que se dizem cristãos direitistas têm serventia para eles, e são explorados sem perceber.

Eles os adoram porque podem usá-los como pretenso modelo para nos atacar. Para dizer que eles sim são o tipo de religiosos que podem tolerar, e não nós, que insistimos em obedecer a Bíblia em todos os seus pontos, até mesmo nos impopulares para os moderninhos das redações de imprensa.

E, mesmo detestando o cristianismo, defendem esses “cristãos” por um motivo puro e simples:

Porque até eles sabem que “cristãos de direita” não são cristãos coisa nenhuma!

Apenas direitistas.



O texto acima pertence à Renan Alves da Cruz e foi publicado originalmente no portal Gospel Prime que leva como título Existe cristão de esquerda?


No desenrolar do mesmo o autor procura afirmar que os evangélicos são todos de direita e por sua vez, superiores à quem não pensa como eles, colocando em queche o sectarismo religioso acima do evangelho de Jesus, que eles dizem amar e conhecer, melhor que ninguém.
O termo sectarismo (usado geralmente com conotação negativa e pejorativa) vem do latim sectariu, que em sentido estrito se aplica ao seguidor de uma seita, mas pode também denotar zelo ou apego exagerado a um ponto de vista; visão estreita, intolerante ou intransigente.
Vê-se que o historiador evangélico tem apenas um único objetivo: a disseminação de ódio, pelas redes sociais causando mau estar à quem tem um mínimo de raciocínio lógico.

Aquele que analisa com cuidado os versos bíblicos, em sua verdadeira essência, tirando os enxertos propositalmente políticos do livro sagrado tem, no mínimo, ojeriza pela escrita deste rapaz que anatemiza quem não pensa como ele, ou quem não frequenta seu circulo religioso e político, considerando-se melhor que seus irmãos terrenos de outros credos e opção política.

Seu ódio partidarista vai ao ponto de tentar incutir na mente do incauto religioso a infeliz ideia de que se alguém defende a homossexualidade está usando de tal premissa por querer manter-se no poder legislativo sob a bandeira da homofobia estigmatizando os homossexuais, tentando, embora sem sucesso, passar a ideia de que as mortes dos "gayzistas" (como ele fala) é uma mera ação sem muita importância.

Jesus era de esquerda ou de direita? Era político, conforme a fraca concepção do "cristão Renan Alves? Tinha partido, qual hoje vemos religiosos de diversas bandeiras optarem?

Postei o texto acima alterando algumas falas do autor de maneira que a publicação seja analisada sob outro ponto de vista. 

Todas as palavras em negrito correspondem à troca de palavras das que ele usou.

Cabe à quem leu tudo, até aqui, analisar cautelosamente, tirando suas próprias conclusões sobre tal assunto em questão.