“Ele é o anti-ser humano”, diz Haddad sobre Bolsonaro

Fernando Haddad e Manuela D’Ávila, os candidatos da democracia, foram recebidos com muito carinho por milhares de pessoas no Tuca, teatro lendário da PUC de São Paulo, na noite desta segunda-feira (22).
O ato também consolidou uma Frente Democrática com artistas, cientistas, juristas, líderes religiosos, representantes de partidos políticos, movimentos e torcidas organizadas pela democracia. Haddad eManu apresentaram mais uma vez um plano de governo propositivo e que inclui o povo, que luta pelo povo.

Ato em São Paulo reuniu milhares de pessoas dentro e fora do Teatro da PUC e consolidou Frente Democrática
Manu, de forma bem direta, explicou o que significa a chapa com Haddad e a candidatura do deputado Jair Bolsonaro: “Do lado de cá tem democracia, do lado de lá tem tortura. Do lado de cá tem Constituição de 88, do lado de lá tem um candidato a ditador, a fascista, aquele que não respeita nada do que nós somos, não respeita a nossa existência”.
Haddad também falou sobre a democracia:

“As nossas candidaturas representam hoje a luta da resistência democrática no Brasil depois de 30 anos da promulgação da nossa Constituição”.
Haddad reforçou ainda a gravidade do discurso de ódio e de violência do candidato do PSL. “Ontem ele fez um vídeo muito grave, que eu nunca tinha visto uma pessoa ter coragem de fazer, que é ameaçar de morte um adversário, ameaçar a integridade física dos seus opositores, dizendo que não terão lugar no Brasil: ou a cadeia ou o exílio”.
E mandou um recado para o candidato a presidente mais covarde da história do Brasil. “Eu quero dizer pro Bolsonaro, esse soldadinho de araque, como eu costumo chamar, uma coisa muito simples: o projeto que ele representa já perdeu, já tá derrotado, não tem chance de prosperar”.
E o define: “Ele é o anti-ser humano, é tudo que precisa ser varrido da face da Terra”.
Em defesa de um futuro para o Brasil
Durante o do ato, milhares de pessoas tentavam se acomodar para acompanhar a fala dos candidatos da democracia. Os sentimentos se misturavam – o olhar resiliente de Abigail Santos, o otimista de Poliana Mattos, o de esperança e fé de Baba Maurício de Odé, o experiente de Maria Auxiliadora Galhano Silva.

“Estou aqui pelos meus netos. Mesmo com mais de 70 anos, quero mostrar para eles que sempre vale a pena lutar. Agora mais do que nunca. Não vejo outro futuro que não seja barrar o fascismo do adversário e eleger Haddad presidente”, declara Maria Auxiliadora.
A professora aposentada sabe bem o que está dizendo. Ela é testemunha viva das atrocidades de um Brasil do passado que se insinua nos dias de hoje, o que, para ela, faz das lutas no presente das mais importantes que o país já registrou.
“Não há outro caminho que não seja acreditar no futuro. Eu olho para os meus netos e quero sair na rua na mesma hora para lutar. Não dá para esperar acontecer. É preciso agir”. Afirmou Poliana Mattos. Lutar e, mais do que tudo, acreditar também é o que move a publicitária  — cujo nome remete à personagem imortalizada por Eleanor H. Porter por seu otimismo incorrigível.
“Nesta reta final antes das eleições é preciso acreditar e convencer cada um que encontramos pela frente. Temos que virar essa disputa porque não está em jogo só a vitória do Haddad. Está em jogo a manutenção da democracia. Eu sempre acreditei que era possível e ainda acredito”, avalia.
A ativista Abigail Santos vê no discurso do adversário uma ameaça aos avanços conquistados durante os governos Lula e do PT no que diz respeito à inclusão, tolerância e respeito às minorias.
“Eleger o representante do fascismo seria como voltar décadas para trás. Não é hora de apontar dedos ou confrontar os que estão indecisos. É hora de convencê-los. E, para isso, precisamos construir a virada voto a voto, até que a maioria perceba os perigos que rondam o Brasil”. Perigos que o Baba Maurício de Odé conhece bem. Representante das religiões afro, perseguidas durante décadas por Jair Bolsonaro, ele nunca fechou os olhos para as atrocidades cometidas em nome da fé.
“Eu vi o Brasil caminhar para uma pluralidade que jamais tinha visto antes e tudo isso está em perigo caso Bolsonaro seja eleito. Criaram uma cultura do ódio que cegou muitas pessoas que hoje estão votando pelo ódio, e não com a razão. Basta parar e analisar que tudo fica claro: o país precisa de Haddad e Manu para continuar a ser democrático. E nós vamos conseguir com que eles vençam”, aposta.
Essas foram apenas algumas das declarações de apoio a Haddad e Manuela, apoio à democracia. O Tuca, lotado, clamava por Haddad e Manu, clamava por democracia. E ela virá, democraticamente, pelas urnas, no dia 28 de outubro.
Da redação da Agência PT de notícias, com informações de O Brasil Feliz de Novo