VERDADE OU MENTIRA? Sobrinha do Vereador Careca faz vídeo em que afirma que o tio praticou nepotismo na Câmara de Vereadores


A mentira, conforme todos dizem e conhecem o ditado, "tem pernas curtas". Assim também como há um outro ditado de que "quem conta um conto quer dois contos". Ouvi muito essas duas frases ditas por minha mãe, que faleceu em outubro do ano 2000, uma senhora analfabeta, que me ensinou muito sobre o que é a vida.

Nesta última semana a sobrinha do vereador e presidente da câmara, conhecido como Careca, usou as redes sociais para espalhar dois áudios e um documento de exoneração em que constava o nome dela como detentora de cargo comissionado, na qualidade de Assessora Parlamentar dele. Segundo ela mesma, o seu tio recebia em torno de R$ 5.000,00 (Cinco mil reais) em nome dela sem que ela tivesse conhecimento. Ainda disse que só veio á saber que estava na lista de recebimento da folha da casa legislativa por que seu nome foi cortado do Bolsa Família. Baseado em suas declarações, bem como no documento apresentado e espalhado por ela nas redes sociais, fiz a publicação, que pode ser conferida clicando aqui e que está sendo motivo de comentários nos quatro cantos da cidade, e também fora do município.


Mas, certamente prevendo que haveria em algum momento uma segunda fala da sobrinha do vereador, eu coloquei a seguinte nota no final de minha publicação, tratando sobre esse assunto.

Não surpreendam-se, os amigos, leitores desse blog, se em algum momento aparecer uma outra versão, possivelmente da mesma sobrinha, tentando desacreditar o que em áudio e em documento é mostrado por ela mesma. (confira aqui)

Após a repercussão pela nota publicada, eis que, no dia seguinte, conforme eu previra, buscou um ativista politico de São José da Coroa Grande, que tem um interessante grupo de divulgações e notas jocosas do meio político da cidade coroense, para gravar um vídeo, mais ou menos conforme o que eu já acreditava que iria acontecer. 

Ao lado do conhecido João da Poiva, que aparece no vídeo e que é, inclusive, muito amigo do Presidente da Câmara, a sobrinha do vereador grava um vídeo, conforme trago abaixo, para avaliação de todos. 

Vídeo que teria sido espalhado pelo mesmo ativista político no grupo de Whatsapp, Pé de Mandacarú, ao qual não tenho acesso, por ter ele me excluído do mesmo já alguns meses, que aparece ao lado da sobrinha do vereador, fazendo perguntas um tanto tendenciosas, que eram respondidas por ela, meio que monossilábica, dando à entender que estava sendo coagida, se não por ele, talvez pelo vereador, pela mãe dela que é irmã do vereador, ou qualquer outra situação que deixa, ao que se pode constatar, muito à desejar.

Segundo João da Poiva, que diz ter ido "á fundo nessas investigações", existiu aí um suposto "momento de raiva" por que o vereador Careca demitiu a sobrinha, Kassia, já que sua contratação estaria inserida na pratica de Nepotismo. Confira o vídeo, abaixo.


Como pode-se ver acima, no vídeo, algumas explicações merecem ser dadas pelo vereador e presidente da Câmara Idson Wanderley, conhecido como Careca.

Antes de mais nada é preciso saber, de verdade, há quanto tempo que essa sobrinha dele estava recebendo como Assessora Parlamentar? 


Ela teria condições de ser assessora dele? 

Quais as razões que o levaram á contratá-la como assessora? 

Seria ela competente para tal cargo, por ser competente ou por ser sobrinha? 

Quais são e quais foram os critérios definidos por ele para essa contratação? 

Ou teria sido contratada apenas por ser parente? 

Quantas vezes ela esteve presente ou compareceu à Câmara, trabalhando nessa mesma função? 

O dinheiro era recebido por ela, ou por ele, já que no áudio, ela diz que ele é quem recebia? 

O que justifica uma assessora ganhar cinco mil reais?

Se o caso em questão denotava nepotismo, então por que o vereador e presidente da câmara contratou, mesmo sabendo que podia incidir em crime, tal contratação? 

E por que, só depois de quase dois anos, segundo a sobrinha, ela foi exonerada? 

Essa prática é comum à todos os demais vereadores ou apenas o presidente da Câmara goza desse tipo de privilégio?

Há mais parentes dele sendo sustentado pela Câmara de Vereadores de Barreiros, com dinheiro dos cofres públicos, sem trabalhar?

Alem dele, quais são os outros vereadores que estão usando dessa mesma prática para lesar os cofres públicos dos munícipes barreirenses?

A sobrinha dele, por que não procurou uma das mídias locais como a Rádio Litoral FM, ou os portais no Facebook como Barreiros News, Barreiros esta é a cidade, Barreiros da Gente ou até mesmo este blogueiro que colocou no ar essa denúncia?

Teria sido por receio de não encontrar pessoa como o João da Poiva, que aceita tudo de olhos fechados?

Como confiar em Careca, depois de uma denúncia dessas?

Além do mais, conforme os diversos comentários, ela é sobrinha dele, o fato de voltar atrás poderia ser enquadrado em duas situações: teria voltado à ser contratada para ganhar algum valor, que talvez nem seja o mesmo que recebia antes, ou algum valor para dizer o que disse, desdizendo de si mesma, conforme o teatro já esperado?

A sobrinha do Vereador e Presidente da Câmara de Barreiros, ao receber cerca de 5 mil reais como Assessora e constar como beneficiária do Bolsa Família, se denunciada, pode pegar até cinco anos de prisão, por fraude


Ela afirma em áudio que recebia pelo Bolsa Família, mas em vídeo diz que estaria ciente de receber como Assessora Parlamentar, ao mesmo tempo que recebia como beneficiária do programa de redistribuição de renda. 

Bolsa Família: fraude pode resultar em prisão de até cinco anos

A família pode ser responsabilizada e possivelmente penalizada, legalmente, caso omita ou preste informações erradas

O coordenador estadual do Cadastro Único e do Bolsa Família, do Estado do Piauí, Roberto Oliveira, destaca que o Cadastro Único, base para concessão do programa Bolsa Família, tem um mecanismo para que a família seja responsabilizada e possivelmente penalizada, legalmente, caso omita ou preste informações erradas.

No ato da realização do cadastro, a pessoa tem que assinar um termo em que compromete repassar informações verídicas e manter o cadastro atualizado a cada nova mudança socioeconômica da família. Caso seja comprovada fraude, a pessoa pode ser enquadrada no artigo 299 do Código Penal, que se refere à falsidade ideológica”, ressalta.

Segundo a citada lei, quem omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, sofrerá penalidade de reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento for público; e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento for particular.

Já se o agente omissor for funcionário público, e cometeu o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte, conforme texto legal.

Além desse instrumento, o coordenador estadual fala das auditorias que são realizadas. “O sistema do programa Bolsa família, hoje, é online e permite o cruzamento dos dados com a Receita Federal, Ministério do Trabalho, Cadastro dos Políticos do Tribunal Superior Eleitoral, Previdência Social, e com outras bases de dados”, fala.