Em reuniões com empresários de Salgueiro e Serra Talhada, o socialista defendeu uma reforma para o segmento |
Em reuniões com empresários ligados às câmaras
de dirigentes lojistas de Salgueiro e Serra Talhada, o pré-candidato ao Governo
do Estado pela Frente Popular de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), criticou a
atual política tributária brasileira, que entrava, segundo ele, a atividade
empresarial no País. "O Custo Brasil é alto demais, assusta muita gente.
No País, o empreendedor começa a pagar imposto já na hora de investir.
Apresentamos no Confaz uma proposta de convênio que isentava o ICMS para a
aquisição de bens de capital. Tem que pagar quando vai produzir. O ICMS
(Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), por exemplo, é complexo.
Cada estado faz do seu jeito. São 27 legislações diferentes", argumentou o
socialista, que neste final de semana está visitando cidades dos sertões
Central, do Pajeú e do Moxotó.
Como o Brasil não tem política de desenvolvimento regional, Câmara ponderou que
os benefícios fiscais são a única arma dos estados para atrair as empresas.
"No Governo Eduardo Campos (PSB), tomamos a decisão de desconcentrar o
desenvolvimento do Estado. Hoje, a empresa que se instala no Sertão tem um
benefício no ICMS maior do que no Agreste, que tem mais benefícios no ICMS que
a Região Metropolitana. O resultado é que os empreendimentos estão chegando a
todos os lugares", avaliou.
O socialista destacou que nos dois mandatos do PSB, o Governo não mandou sequer
um projeto à Assembleia Legislativa aumentando a alíquota do ICMS. "Pelo
contrário, todas as oportunidades que tivemos para desonerar o empreendedor,
nós aproveitamos. Ampliamos a capacidade de investimento do Estado, que era de
R$ 600 milhões/ano, para R$ 3,7 bilhões", lembrou Câmara.
O pré-candidato afirmou que vai manter e ampliar a política tributária
implantada por Campos, ressaltando algumas das principais ações de incentivo às
pequenas e micro empresas. "Fomos um dos primeiros estados a implantar o
Simples Nacional, zeramos o Imposto de Fronteira para os empreendedores com
faturamento anual inferior a R$ 360 mil, instituímos uma política de compras
governamentais reservando 25% para empresas do Simples. Diminuímos muito a
burocracia. Antes, uma empresa levava 45 dias para se instalar em Pernambuco.
Hoje, leva nove. Mas continuamos trabalhando e ouvindo sugestões, para fazer
ainda mais pelo setor", afirmou.
CDL - O pré-candidato
prometeu levar para a equipe que elabora o seu Plano de Governo as demandas
apresentadas pelos lojistas. Ele garantiu que vai se empenhar para levar um
campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para o município, e
intensificar as atividades da UPE, além de trabalhar para a melhoria do
aeroporto de Salgueiro, apontado pelos empresários como uma alternativa para
vencer a distância da cidade dos grandes centros urbanos e parte essencial da
plataforma multimodal que será complementada pela ferrovia Transnordestina.
Câmara também se comprometeu a viabilizar a instalação do distrito industrial
da localidade.
O presidente da CDL Salgueiro, João Gomes, se disse otimista, ao final da
reunião. "Ficamos extremamente satisfeitos com a receptividade do
pré-candidato às nossas demandas. Temos certeza de que, sendo eleito, ele terá
um olhar especial para os pequenos e micro empresários sertanejos,
especialmente do Sertão Central", celebrou o dirigente.
Assessoria de Imprensa do PSB - Fotos Rodrigo Lobo e Aluízio Moreira