O Vendedor de Sonhos - Augusto Cury

Alguns livros parecem ser realmente endereçados ao leitor, como se fosse uma declaração, uma carta direta. Em algumas passagens nos encontramos especialmente identificados com alguma coisa que nos incomoda ou nos conforta. É claro que isso as vezes depende do ponto de vista de cada leitor sobre determinada obra. As vezes lemos algumas obras que circulam no mercado dos livros, sejam eles nacionais ou internacionais que faz realmente um bem danado. Mas, em algumas outras obras não conseguimos encontrar essa identificação singular. Sinceramente não sou do tipo que lê o livro que é a sensação do momento, simplesmente por ser o mais vendido e estar em exibição nas principais vitrinas de todas as lojas, ou nas mãos de qualquer pessoa.  Busco sempre dar uma olhada na sinopse e procuro averiguar algo antes de comprar, para que depois o mesmo livro não fique simplesmente jogado. Afinal, gosto de indicar algo de bom quando realmente vejo que é bom. Tanto é, que li no mês passado um determinado livro que até agora não falei nada, nem trouxe aqui, por que não vi nada, pelo menos no meu ponto de vista, de bom. Mas, como falei, cada um que lê uma coisa, tem seu ponto de vista.

Na sala de leitura de hoje, trago o Augusto Cury com seu belo livro, o vendedor de sonhos. Um livro mais do que especial, no meu ponto de vista. Uma carta em forma de romance, mostrando como estamos nos comportando nos dias de hoje, não apenas com as pessoas que nos cercam, mas com a gente mesmo. Ou seja, muitas e muitas vezes nos deixamos levar pelo que o sistema de coisas nos empurra esquecendo de ser a pessoa, ter personalidade própria. Esquecemos de que somos seres humanos, com sentimentos e nos comportamos como máquinas guiadas, ou como diz um poema do Carlos Drumond de Andrade, Homem Bicho.

Pelos capítulos desse livro você vai perceber que estamos precisando de um sonho, mesmo que utópico, para melhor viver nesse turbilhão de coisas que o sistema nos empurra. Cada um que nos apresentem um caminho, baseados nas suas próprias conclusões e no entanto, nós mesmo não construímos nossas vidas nem trabalhamos nosso presente, com vista a sermos melhores. Nos esquecemos de ser indivíduos e vamos com a massa a lugar nenhum, perdidos nos caminhos e descaminhos que a propaganda nos mostra ou o que a fantasia do lucro excessivo nos apresentam. Estamos encarcerados em conceitos. Quem sabe você também possa descobrir que precisa ser um vendedor ou uma vendedora de sonhos. Ou quem sabe ainda os sonhos que estas trilhando agora não são os que merecem ser cultivados?

Bom, vou deixar agora que vocês que me acompanham e tirem suas próprias conclusões. Se você já leu o livro citado diga o que pesou. Se você não leu ainda, faça um favor a você mesmo e leia-o!