PSOL pede investigação do MP sobre venda suspeita do Banco do Brasil ao BTG Pactual

Paulo Guedes (Ministro da Economia)


Portal do PSOL - A bancada do PSOL na Câmara protocolou na noite da última sexta-feira (11) uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, o ex-presidente do Banco do Brasil, Ruben de Freitas Novaes, e o representante legal do BTG Pactual por possíveis irregularidades na venda de uma carta de crédito por apenas 12,8% do valor.


Em julho, o Banco do Brasil vendeu ao BTG Pactual uma carta de crédito por R$ 371 milhões. O problema do negócio é que a carta estava avaliada em R$ 2,9 bilhões. O BTG Pactual tem entre seus fundadores o ministro Paulo Guedes.


O PSOL pede a imediata anulação da venda e a realização de uma força-tarefa com participação do MPF, do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da República, já que pairam inúmeras e recorrentes denúncias de ilegalidades no âmbito dessas operações.


A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil também considerou a venda suspeita e solicitou investigação do TCU e da Comissão de Valores Imobiliários.


PSOL já havia cobrado respostas


Na época da venda da carta de crédito, o PSOL pediu informações detalhadas sobre a operação. A resposta do Ministério da Economia foi incompleta, omissa e cheia de lacunas sobre procedimentos, relatórios ou estudos do corpo técnico do Banco do Brasil que justifiquem a escolha de alienação das cartas de créditos.


Na avaliação do PSOL, houve possível direcionamento da cessão da carteira de crédito do Banco do Brasil ao BTG Pactual, sem abertura de concorrência e com valor abaixo do mercado, devido à proximidade de Paulo Guedes e Ruben Novaes com a direção do banco privado.