Cravinho de Canteiros, por Dairton Correia Ralf


I
Eu vou contar uma história
Não aconteceu! 
Mas é muito interessante. 
Vocês podem acreditar, 
Sei que dessa história
Todos irão gostar.
II
Há muitos anos atrás, 
Morava um tal de Cravinho
Na cidade de Canteiro. 
Ele e sua família sempre
Foram encrenqueiros.
III
Cravinho era um homem rico
Morava afastado da cidade. 
Ele tornou- se aventureiro
Na cidade de Canteiro
IV
Muitos não o conhecia
Essa era a realidade. 
Outros até diziam
Era gente de qualidade.
V
Ele enganava o povo, 
Enganou toda população. 
Candidatou - se a prefeito
E ganhou a eleição.
VI
Logo depois da posse,
Eu vou dizer agora. 
Ele em poucos dias
Botou as unhas de fora.
VII
O nepotismo era grande
Vejam que criatura. 
Todos seus parentes
Trabalhavam na prefeitura.
VIII
Funcionários foram demitidos, 
Sem nenhuma justificação, 
Este tal de Cravinho
Era uma aberração.
IX
Ele não sabia o que queria
Ele era mesmo desmantelado
Quase todos os meses
Mudava seu Secretariado.
X
Secretárias de educação
Em dois anos e meio, 
Já estava na terceira. 
Vejam quantas besteiras
Este Cravinho fazia. 
Ele gosava da humanidade
Era o povo quem dizia
XI
Com dois anos e meio
Já era a segunda secretaria de saúde
Este Cravinho era mesmo rude, 
Vocês podem acreditar
Ele demitia sem pena,
Deveria se envergonhar.
XII
Secretários de obras
Em dois anos e meio, 
Já estava no segundo. 
Este cabra era de mais.
Este Cravinho não passava
De um tremendo Satanás.
XIII
Um de seus secretários
Era como se fosse um Deus! 
Vejam o que aconteceu, 
O que tinha nos cofres
Logo desapareceu.
XIV
A Senhora sua mãe
D. Fulana de tal.
Era mesmo cara de pau
Ao povo de Canteiro, 
Sempre estava à fazer mal.
XV
Isto era uma grande verdade
Vejam que criatura, 
Ela é quem mandava
Lá dentro da prefeitura.
XVI
Ele não sabia o que queria
Um Maria vai com as outras, 
Era isto que o povo dizia. 
Ele não tinha moral
Só fazia o que a mãe queria.
XVII
Se julgava superior a todos
Isto era uma grande verdade. 
Para o povo que o elegeu, 
Só fazia crueldade.
XVIII
Com tantos descasos
Isto era uma realidade.
O Cravinho de Canteiro
Perdia a popularidade
XIX
Em duas pesquisas
Não Governamentais,
O prefeito de Canteiro
Teve grande rejeição,
Mais de 70%
Não ganhava mais eleição.
XX
Caía a popularidade
Do Cravinho de Canteiro. 
Era grande a rejeição
Ele fazia muitas besteiras
Não ganhou mais eleição.
XXI
Ele sempre mentia
Não pagava aos funcionários. 
Vejam que coisa tão feia. 
Este Cravinho não passava
De um tremendo cabra de peia
XXII
Não pagava aos motoristas
Do transporte Escolar. 
Dizia que não vinha verbas
Vocês podem acreditar.
XXIII
Prometeu construir uma fábrica
Na cidade de Canteiro. 
Ele mentia feio. 
Ficou só a promessa
E esta fábrica não veio
XXIV
As empresas terciárias
Só recebiam atrasados. 
Por isso que em Canteiro
Era tudo desmantelado
XXV
Cravinho era muito nervoso
As vezes ficava neurastênico.
Será que era somente isso
Ou ele era esquizofrênico?
XXVI
Como é de praxe, 
De prefeitos corruptos,
Sempre faz que esquece
Recolhe as contribuições
E não repassam ao INSS.
XXVII
Limpeza só fazia
Na rua principal. 
Nos recantos de Canteiro
O povo se sentia mal.
XXVIII
Daí vai a pergunta:
Cadê o dinheiro que estava aí? 
Eu não vi. 
Ninguém viu. 
Ninguém sabe onde está! 
Só se sabe que sumiu. 
Será que este dinheiro
Foi pra puta que o pariu?
XXIX
Desde ja vou terminar
Ainda tinha muito que falar
Isto o povo não esquece
Roubo sempre acontece
Temos que denunciar
Onde um "Cravinho" Está
Nada vai prestar.

Se vocês já leram alguma história com casos semelhantes, são meras coincidências. Em uma nova postagem, continuação da história de Cravinho de Canteiros.

Professor Dairton Correia Ralf