Paulo Câmara cumpre promessa e começa á cortar salários de professores que optaram pela greve

Em menos de quatro meses de mandato, Paulo Câmara passa á ser odiado em mais de 70% das redes sociais ativas no estado.
A greve dos professores da rede estadual de Pernambuco, decretada no ultimo dia 10 de abril já duram 18 dias e até então não parece ter data para terminar. Na tarde de ontem (27) grevistas, SINTEPE, e demais órgãos, reuniram-se em Assembleia no Club Português em Recife (confiram aqui) e decidiram por continuar a paralisação já que o governo do estado não quer entrar em acordo e nem garantir direitos salariais bases destes.

Paulo Câmara, mais uma vez usando de mão de ferro para com os profissionais da educação, mantem promessa de corte salariais, como é o caso de alguns professores de Barreiros e são José da Coroa Grande que já viram em seus extratos descontos de R$ 588,00 e de R$ 800,00. Praticamente um desfalque naqueles que lutam pela educação de alunos pernambucanos à custa de baixos salários, que ainda vê-se reduzido e humilhados desta forma.

- "Tive um desconto de R$ 800,00. Podem mandar o governador contratar outro professor para dar essas aulas. Só darei (aulas) se o meu dinheiro voltar á minha conta antecipadamente, caso contrário, nada feito!" Diz Professor de Rede Estadual localizado na Cidade de Barreiros.

Outros professores também já viram em seus contra cheques online os cortes, como presente de grego por parte de Paulo Câmara:

- "Pessoal, segundo banco, pagamento liberado em 05/05. Meu salário já está com desconto de R$ 588,00, é mole?" diz Professora da cidade de São José da Coroa Grande.

- "Já no meu contra cheque deste mês apareceram descontos de R$ 260,05, também como apontamento da paralização, como "bonus" de Paulo Câmara, à classe dos professores pernambucanos que já não ganha bem, e ainda está sendo massacrado por este que pode ser considerado o pior governador para os profissionais da educação, de todos os tempos. Dá-se para ver que ele aprendeu direitinho com Eduardo Campos o oficio de ditador para o povo de Pernambuco!" diz professora de Barreiros, que igualmente pede para não ser identificada, já que a GRE Litoral Sul tem à frente, Jorge Beltrão que assim como o governador, é perseguidor e iminigo dos professores.

Segundo apontamento do SINTEPE, 60% dos servidores no estado aderiram á paralização, o que por sinal representará descontos nas folhas destes profissionais como punição por lutarem em busca de direitos legitimados, mas abusivamente não cumprido pelo governo . O sindicato, no entanto, está recorrendo das multas e faltas aplicadas pelo governador Paulo Cãmara. Até mesmo o SINTEPE que está frente pela categoria tem prometida multa de oitenta mil reais. 

JUSTIÇA CONTRA PROFESSOR - No dia 15, o desembargador Jovaldo Nunes emitiu liminar determinando a suspensão da paralisação, obrigando o imediato retorno dos profissionais às atividades sob pena de multa diária de R$ 30 mil. Nesse mesmo dia, o Sintepe ingressou no TJPE com mandado de segurança contra a portaria do governo. Já no dia 17, a categoria entrou com ação contra a multa.

No dia 22, o mesmo desembargador decidiu aumentar para R$ 80 mil a multa diária ao Sintepe, por descumprir a determinação de encerrar a greve. O sindicato foi notificado dessa decisão na última sexta (24) e o novo valor começou a valer nesta segunda. A categoria ainda avalia se irá recorrer do aumento, por meio de um agravo de instrumento. 

"Até agora, nenhuma das nossas ações foi julgada, isso mostra a desigualdade na luta. É uma forma de pressionar o movimento grevista", disse o advogado do Sintepe, Eduardo Pinheiro Costa.

Alunos em defesa dos professores - Diversos alunos sensibilizados com a causa dos professores, reuniram-se em passeata em vários dias da paralização, gritando, sensibilizados em apoio à seus professores, tidos como exemplos de abnegação e profissionalismo. Em muitos casos, os alunos chegam á culpar Paulo Câmara pela paralização, em gritos de apoio.
Os alunos da Escola Porto Digital, escola de referência do estado no ensino médio, localizado no Recife Antigo, é uma das poucas escolas que continua funcionando. No entanto, por conta dos cortes dos salários dos professores pretendem amanhã, dia 29, posicionar-se em frente à escola, não entrando para assistir aulas em manifestação de apoio á categoria.
Professores podem boicotar provas externas em Pernambuco - "Para elevar o IDEPE, a escola deverá apresentar melhorias na média da proficiência dos estudantes no SAPE (prova externa) e na média da taxa de aprovação. Essas são as premissas básicas para que o estado consiga sair da 4° posição para a 1°. Se o governador quiser ver pernambuco avançar nos indicadores educacionais, vai ter que negociar com os professores. Que fique claro: isto não significa prejudicar os alunos deixando de ensinar-lhes os conteúdos. Significa apenas que você professor, você professora, no dia em que a prova externa chegar, pedirá ao estudante que não não responda nada. Que entregue em branco ou que anule todas as questões". Diz uma nota em rede social em grupo intitulado Boicote ás Provas Externas.