Foi com indignação que os integrantes da
Coligação Pernambuco Vai Mais Longe (PTB, PDT, PT, PSC, PRB e PTdoB) receberam
a decisão monocrática, proferida por um Desembargador do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE-PE), de vetar a utilização de quaisquer imagens ou áudios do
ex-governador Eduardo Campos.
Esta decisão, de
forma insólita, tornou inválidas outras duas já tomadas. Uma de forma
monocrática e outra colegiada, e que rejeitavam qualquer tentativa de censura
prévia, tendo em vista que não há qualquer intenção de distorcer fatos ou
desabonar a honra e a trajetória do ex-governador Eduardo Campos.
É lamentável que a
propaganda eleitoral em Pernambuco seja inaugurada sob o signo da censura
prévia, da afronta à liberdade de expressão, ferindo princípios basilares do
Estado de Direito.
A Coligação Pernambuco
Vai Mais Longe tem a certeza de que o Tribunal Regional Eleitoral, dentro de
sua tradição consolidada de assegurar os princípios norteadores do regime
democrático, seguramente corrigirá esse equívoco, quando do julgamento do
agravo regimental, permitindo que o povo pernambucano possa livremente se
manifestar, sem sofrer qualquer tipo de censura em suas convicções.
Com as iniciativas
que tomou nos últimos dias, a coligação adversária tenta assegurar a
apropriação meramente partidária ou de facção política de uma figura pública,
cuja trajetória pertence a toda a sociedade.
É preciso que a
Frente Popular aprenda com as palavras da própria Marina Silva, agora candidata
à Presidência da República, que, de forma lúcida, sublinha a diferença entre
legado e herança.
Afirma Marina Silva:
“Nosso esforço, de
todos os brasileiros, independente de partido, é de que seu esforço, sua
trajetória, sua insistência em renovar a política não seja tratada como
herança, onde cada um pega um fragmento do despojo, mas que seja tratado como
um legado, em que quanto mais pessoas puderem se apropriar dele, melhor fica”.
Recife, 20/08/2014
Coligação Pernambuco Vai Mais Longe
(PTB, PDT, PT, PSC,
PRB e PTdoB)