Armando: "Pernambuco pode ampliar os seus investimentos"
O candidato a
governador Armando Monteiro (PTB) defendeu nesta quarta-feira (30), durante
encontro com publicitários do Fórum Empresarial de Propaganda de Pernambuco, no
Espinheiro, Zona Norte do Recife, a ampliação dos investimentos no Estado. Ao
lado do seu vice, Paulo Rubem (PDT), Armando afirmou que o ciclo positivo de
crescimento econômico dos últimos anos poderia ter sido maior se o Estado
tivesse melhorado a sua capacidade de investimentos com recursos próprios e
criado um ambiente mais amistoso para a captação de parceiros privados.
"Nós
poderíamos ter criado um espaço fiscal melhor para o investimento",
afirmou Armando. "Houve um crescimento extraordinário da receita, que
coincidiu com o período que o Brasil cresceu e com o novo ciclo econômico no
Estado", reconheceu o senador licenciado, enfatizando que a arrecadação de
impostos em Pernambuco cresceu 79%, entre 2009 e 2013. Mas as despesas com o
custeio da máquina aumentaram 113%, mais do que a receita, o que impediu que o
governo pudesse fazer investimentos de maior porte com recursos próprios.
"Pernambuco
poderia ter uma poupança corrente de duas vezes e meia o que tem",
destacou Armando – o montante de recursos próprios para investimento do Estado varia
de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão. "Mesmo se considerarmos os empréstimos,
Pernambuco só investe, em média, 11% de sua recente corrente líquida. O Ceará,
por exemplo, investe em torno de 22%. Pernambuco está abaixo da média do
Nordeste nesta questão", enfatizou.
Armando também
defendeu uma mudança no modelo de captação de parceiros privados por meio do
estabelecimento de um ambiente regulatório mais apropriado, seja pela questão
tributária, seja pela criação de novos padrões de relacionamento no âmbito das
Parcerias Público-Privadas (PPPs).
"Pernambuco
não tem estrutura para gerir as PPPs. Se você não fizer desde o início algo que
seja bem formulado, se você não identifica corretamente os parceiros e se você
não tem estrutura para fiscalizar, a PPP pode ser um grande problema",
explicou Armando, sugerindo a criação da Empresa Pernambucana de Participações.